Deus é rico em misericórdia!

    A liturgia do 4º Domingo da Quaresma nos garante que Deus nos oferece, de forma totalmente gratuita e incondicional, a vida eterna. Celebramos este domingo chamado de domingo laetare, domingo da alegria. Mas qual é o motivo desta alegria? Ela vem, na primeira leitura da libertação do povo de Israel, depois de sessenta anos exilado na Babilônia.

    A primeira leitura(cf. 2Cr 36,14-16.19-23) nos diz que, quando o homem prescinde de Deus e escolhe caminhos de egoísmo e de autossuficiência, está a construir um futuro marcado por horizontes de dor e de morte. No entanto, diz o autor do Livro das Crônicas, Deus dá sempre ao seu Povo outra possibilidade de recomeçar, de refazer o caminho da esperança e da vida nova. Ser libertado da escravidão é uma razão muito forte para a alegria, para a comemoração. Os israelitas, voltando para à sua terra saltitando de alegria, conforme proclamou o profeta: “Grita de alegria, filha de Sião! Canta, Israel! Alegra-te e exulta!”(cf. Sf 3,14). Esta libertação política deve ser iluminada pela Palavra de Deus: “Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida nova em Cristo!”(cf. Ef 2,4).

    A segunda leitura(cf. Ef 2,4-10) ensina que Deus ama o homem com um amor total, incondicional, desmedido; é esse amor que levanta o homem da sua condição de finitude e debilidade e que lhe oferece esse mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim que está no horizonte final da nossa existência.

    No Evangelho(cf. Jo 3,14-21), João recorda-nos que Deus nos amou de tal forma que enviou o seu Filho único ao nosso encontro para nos oferecer a vida eterna. Somos convidados a olhar para Jesus, a aprender com Ele a lição do amor total, a percorrer com Ele o caminho da entrega e do dom da vida. É esse o caminho da salvação, da vida plena e definitiva. “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo aquele nele crer, mas tenha a vida eterna”(Jo 3,16). Jesus nos liberta do pecado e da morte. A libertação não é direito que temos, mas é graça que vem como dom de Deus. Esta é sem sombra de dúvida a maior alegria para o cristão, a libertação do pecado e a vida da graça. Por isso devemos nos alegrar!

    No diálogo com Nicodemos Deus quer tocar no mais fundo do meu ser, do meu coração. Trata-se aqui de um diálogo que se traduz num convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz. Cabe ao leitor fazer sua opção. O tema predominante no Evangelho de João é o dom da vida eterna por Jesus.

    O que se espera da Quaresma? Uma conversão que nasça do Espírito, que nasça do amor, porque para isso fomos feitos. Pelas obras praticadas em Deus, unimo-nos com Jesus e vivemos com ele na eternidade, na unidade do Pai e do Espírito.

    Nestes tempos de ódios e de ataques cibernéticos devemos nos lembrar que somente Deus é a única solução para nossos problemas, por isso preste muita atenção ao que te digo. Deus tem um plano para ti. O homem é pecador e está separado de Deus: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus(cf. Rm 3, 23.)

    Devemos reafirmar uma verdade fundamental de nossa fé: Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem: e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado.

    A Quaresma é um tempo de retomarmos o nosso batismo e termos consciência de que batizados somos lavados do pecado original e somos chamados a viver a santidade.

    O distintivo do cristão é a santidade, no entanto muitas vezes não cuidamos da nossa vida espiritual, e devido à falta de atenção nesta área, somos atacados por uma série de problemas em nossa vida. Saiba que a única solução para os problemas desta vida está em Cristo, precisamos nascer de novo, nascer de Deus. Para que isto aconteça você precisa receber a Jesus Cristo. Não deixe para depois o momento é agora!

    Na alegria de constatar que “Deus é rico em misericórdia”, neste domingo da alegria, unamos nossa voz num único cântico de louvor a Deus em gratidão pelo grande amor com que nos amou e pela alegria de celebrarmos a nossa libertação pelo sacramento da Eucaristia. Rezemos, com gáudio, Senhor Jesus, eu preciso de ti, abro a porta do meu coração e da minha vida, e te recebo como meu Senhor e salvador. Perdoa meus pecados e escreve meu nome no livro da vida. Desejo teu plano na minha vida. Amém! Deus é rico em misericórdia e não cansa de nos perdoar e de acolher.

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