Décimo primeiro domingo do tempo comum

    Jesus sente pena das pessoas que o seguem. Compadece-se deles. Atende os enfermos e dá de comer à multidão. Certamente, não lhes oferece um suculento banquete. Apenas pão e pescado, mas todos ficam satisfeitos e ainda sobra. Uma vez mais o Evangelho(cf. Mt 9,36-10,8) nos apresenta Jesus oferecendo àqueles que o seguem vida e vida plena. E o que é mais importante, oferecendo-a gratuitamente.
    Nisso Jesus se diferencia dos negociantes do nosso mundo. Eles nada oferecem de graça. Tudo tem um preço, até mesmo quando a publicidade nos fala de brindes. Esses brindes nunca são gratuitos. Esta é a primeira grande diferença entre o que nos oferece a nossa sociedade e aquilo que Jesus nos proporciona. O que Jesus nos oferece é sempre gratuito. Além disso, há outra diferença. Jesus nos oferece justamente aquilo de que necessitamos. Todos nós sabemos das grandes somas de dinheiro que gastamos inutilmente. Todos os indivíduos, as famílias e a sociedade de uma maneira geral. Não podemos nos eximir dizendo que apenas os ricos fazem isso. De maneira sincera, devemos aceitar que todos nós o fazemos. Apesar dos nossos poucos recursos. De fato não sabemos aproveitar e acabamos por gastar em coisas que não produzem fartura nem nos fazem sentir mais felizes e mais vivos.
    Jesus nos indica onde devemos encontrar aquilo de que necessitamos para sermos felizes e, além disso, de maneira gratuita, Jesus se situa no oposto da nossa sociedade. Nela, não apenas pagamos por tudo, mas também acabamos comprando aquilo que não nos falta, mas o que os outros querem que compremos. Por preços baratos ou nem tanto, são oferecidos a nós produtos que prometem felicidade. O que não nos dizem é que, uma vez usado o produto, retornaremos à mesma situação – ou pior – em que nos encontrávamos antes de adquiri-lo
    Jesus nos coloca diante do que é mais importante para nós. Não é necessário comprá-lo porque já o temos. Quando aprendermos a sentir com nossos irmãos e irmãs, a compartilharmos com eles o que possuímos, então nossa vida se elevará e descobriremos a alegria do amor. O Reino se fará presente entre nós, porque a felicidade não está em ter muitas coisas, mas sim na relação e no encontro prazeroso com os outros.

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