Comprovação da Fé

    A fé é o tema do segundo capítulo da carta de São Tiago. Ele mostra o engano das pessoas que se dizem cristão, mas não mudam de atitudes. Ele diz: “De que adianta se alguém disser que tem fé, mas não tem obras? Poderá a fé salvá-lo?” O que adianta afirmar: “Eu creio.” Se essa profissão de fé não se traduz em prática?
    O texto emprega a imagem do cadáver: sem espírito, o corpo está morto e não reage. Assim acontece com a fé: sem as obras, estará morta em si mesma. Portanto, as ações de justiça são a alma da fé, o princípio vital que move à ação. Sem elas, não é possível alguém afirmar ser cristão.
    Os ateus práticos voltam à carga. Afirmando que uns possuem a fé, outros, as obras. Com isso pretendem desmoralizar o trabalho em favor da justiça social e da solidariedade que decorrem da fé em Jesus Cristo. Será que quem luta pela justiça não tem fé? Será que tem fé quem não luta pela justiça? Para o autor da carta, essa dicotomia não é possível nem demonstrável: quem age em favor da justiça pode comprovar, por sua prática, que é movido pela fé, ao passo que os outros, não: “Mostre-me a sua fé sem obras e eu lhe mostrrarei a fé pelas minhas obras”. As boas intenções não são suficientes para que alguém possa se declarar cristão, mesmo que acredite “de corpo inteiro” em todas as verdades da fé.
    É preciso renunciar a si mesmo, para ser cristão. E também, aceitar a própria cruz, tomá-la e, com coragem, seguir a Jesus. Servir a Jesus é aceitar ser banido, marginalizado, ir com Ele até o fim, enfrentando todas as hostilidades da sociedade injusta que levou Jesus à morte. Concretamente, isso significa “perder a vida”. Mas Jesus garante: quem perde assim a vida, irá encontrá-la, pois Ele ressuscitou e é o Senhor da vida.

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