Como celebrar em casa a Segunda-feira Santa

O roteiro completo para você fazer em sua casa a Celebração da Palavra da Segunda-feira Santa

Para santificar esta Segunda-feira Santa, a Aleteia, em colaboração com a revista Magnificat, oferece esta Celebração da Palavra de Deus para você fazer em sua casa.ROTEIRO:

  • Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da missa deste domingo ou acompanhar a missa pela televisão.
  • Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.
  • Pode ser celebrada na noite de sábado (vigília do domingo) e na tarde do domingo. No entanto, a manhã de domingo é o momento mais apropriado.
  • Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
  • Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
  • Deve-se colocar uma cruz ou o crucifixo.
  • Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
  • Se você tem flores no jardim, colha algumas para colocá-las no ambiente de oração, pois sua presença é particularmente indicada neste domingo Laetare, em previsão da alegria da Páscoa.
  • Designa-se uma pessoa para dirigir a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família.
  • A pessoa encarregada de dirigir a oração estabelecerá a duração dos momentos de silêncio.
  • Serão designados leitores para as leituras.
  • Preparar-se-á com antecedência a oração universal (que aparece neste guia) e se designará uma pessoa para sua leitura.
  • Podem-se preparar os cantos apropriados.

 

SEGUNDA-FEIRA SANTA

Celebração da Palavra

 “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo?

 

Sentados. O condutor da celebração toma a palavra: 

Irmãos e irmãs,
neste primeiro dia da Semana Santa,
concentremo-nos em Cristo Jesus,
para entrar com Ele em sua Paixão.
Aproximam-se os dias em que Jesus, nosso Salvador,
sofreu por nós e ressuscitou em glória.
Na escuridão em que estamos mergulhados,
Ele é a nossa luz e salvação.

Em sua luz,
cientes de nossos limites e fraquezas,
assim como do mal que nossos pecados causam,
queremos expressar nossa confiança
na Paixão do Filho amado,
e dar-lhe graças
por ter nos dado
a maior prova de amor.

Pausa

Jesus, embora as circunstâncias nos impeçam
de perpetuar a oferenda da tua vida
através da celebração da Eucaristia,
nos pede para atualizá-la, agora mais do que nunca,
amando um aos outros,
como tu nos amaste.

 

Depois de um verdadeiro momento de silêncio, todos se levantam e fazem o sinal da cruz dizendo:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén.

 

O condutor continua:

Para nos prepararmos para receber a Palavra de Deus

para que ela possa nos regenerar,

reconheçamos nossos pecados.

 

Segue o rito penitencial.

Senhor, tem piedade de nós.

Porque pecamos contra ti.

Mostre-nos, Senhor, sua misericórdia.

E nos dê sua salvação.

 

Que Deus Todo-Poderoso tenha piedade de nós,

perdoe nossos pecados,

e nos conduza à vida eterna.

Amén.

 

Recitamos ou cantamos:

Senhor, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

Cristo, tende piedade.

Cristo, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

 

ORAÇÃO

O condutor recita a oração:

Nós te rogamos, Deus Todo-Poderoso,
que aqueles de nós que falham por causa de nossas fraquezas,
possamos nos recuperar graças à paixão de teu Unigênito.
Ele, que vive e reina contigo na unidade do Espírito Santo
e é Deus pelos séculos dos séculos.

Amém

 

Em seguida, leem-se as leituras da missa da Segunda-feira Santa. A pessoa encarregada da primeira leitura permanece de pé, enquanto as outras pessoas ficam sentadas.

 

PRIMEIRA LEITURA

Davi é ungido rei de Israel.

Leitura do Livro do Profeta Isaías (42,1-7)

‘Eis o meu servo – eu o recebo;
eis o meu eleito – nele se compraz minh’alma;
pus meu espírito sobre ele,
ele promoverá o julgamento das nações.
Ele não clama nem levanta a voz,
nem se faz ouvir pelas ruas.
Não quebra uma cana rachada
nem apaga um pavio que ainda fumega;
mas promoverá o julgamento para obter a verdade.
Não esmorecerá nem se deixará abater,
enquanto não estabelecer a justiça na terra;
os países distantes esperam seus ensinamentos.’
Isto diz o Senhor Deus,
que criou o céu e o estendeu,
firmou a terra e tudo que dela germina,
que dá a respiração aos seus habitantes
e o sopro da vida ao que nela se move:
‘Eu, o Senhor, te chamei para a justiça
e te tomei pela mão;
eu te formei e te constituí como o centro
de aliança do povo, luz das nações,
para abrires os olhos dos cegos,
tirar os cativos da prisão,
livrar do cárcere os que vivem nas trevas.
Palavra do Senhor.

 

A pessoa encarregada de ler o salmo coloca-se de pé, enquanto os outros permanecem sentados.

Salmo 26 (1, 2, 3, 13-14)

R. O Senhor é minha luz e salvação.

O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei? R.

Quando avançam os malvados contra mim,
querendo devorar-me,
são eles, inimigos e opressores,
que tropeçam e sucumbem. R.

Se contra mim um exército se armar,
não temerá meu coração;
se contra mim uma batalha estourar,
mesmo assim confiarei. R.

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem. R.

 

EVANGELHO

Todos se levantam no momento em que se recita ou canta a aclamação do Evangelho:

R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;

quem me segue terá a luz da vida.

R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

 

O leitor encarregado do Evangelho fará a leitura de forma clara e pausada

Evangelho segundo São João (12, 1-11)

Seis dias antes da Páscoa,
Jesus foi para Betânia,
onde morava Lázaro,
que ele havia ressuscitado dos mortos.
Ali ofereceram a Jesus um jantar;
Marta servia
e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
Maria, tomando quase meio litro de perfume
de nardo puro e muito caro,
ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos.
A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
Então, falou Judas Iscariotes,
um dos seus discípulos,
aquele que o havia de entregar:
‘Por que não se vendeu este perfume
por trezentas moedas de prata,
para as dar aos pobres?’
Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres,
mas porque era ladrão;
ele tomava conta da bolsa comum
e roubava o que se depositava nela.
Jesus, porém, disse:
‘Deixa-a; ela fez isto
em vista do dia de minha sepultura.
Pobres, sempre os tereis convosco,
enquanto a mim, nem sempre me tereis.’
Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia,
foram para lá,
não só por causa de Jesus,
mas também para verem Lázaro,
que Jesus havia ressuscitado dos mortos.
Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro,
porque, por causa dele,
muitos deixavam os judeus
e acreditavam em Jesus.
Palavra do Senhor.

A leitura conclui sem aclamação. Todos se sentam, e o condutor volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei?

Permanecemos cinco minutos em silêncio para meditar. Em seguida, todos se levantam e professam a fé da Igreja, recitando o símbolo dos apóstolos.

 

Unidos no Espírito e na comunhão da Igreja,

fiéis à recomendação do Salvador,

ousamos dizer:

 

Reza-se o Pai Nosso

 

Pai Nosso que estais nos Céus,

santificado seja o vosso Nome,

venha a nós o vosso Reino,

seja feita a vossa vontade

assim na terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje,

perdoai-nos as nossas ofensas

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido,

e não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do Mal.

 

E imediatamente todos prosseguem proclamando: 

Teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

 

O condutor convida a dar a paz: 

 

Acabamos de juntar nossa voz

à do Senhor Jesus para rezar ao Pai.

Nós somos filhos no Filho.

Na caridade que nos une,

renovados pela Palavra de Deus,

podemos trocar um gesto de paz,

sinal de comunhão

que recebemos do Senhor.

 

Faz-se o gesto da paz.

Sentamo-nos.

 

COMUNHÃO ESPIRITUAL

 

O condutor diz:

Como não podemos receber a comunhão sacramental,

O Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual,

também chamada de “comunhão do desejo”.

O Concílio de Trento nos lembra que

“trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial,

unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade,

e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”.

O valor da nossa comunhão espiritual

portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia,

como fonte de vida, amor e unidade,

e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

 

Com esta disposição, convido-vos a reclinar a cabeça,

fechar os olhos e viver um momento de recolhimento.

 

Silêncio

 

No mais profundo de nossos corações

deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,

em comunhão sacramental,

e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,

amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

 

Permanecemos cinco minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo.

Podemos cantar um cântico de ação de graças.

Colocamo-nos de pé.

O condutor pronuncia, em nome de todos, a fórmula da bênção:

 

Pela intercessão de São N.

[padroeiro da paróquia],

de todos os santos e santas de Deus,

que o Senhor da perseverança e da fortaleza

ajude-nos a viver o espírito de

sacrifício, compaixão e amor de Jesus Cristo.

 

Desta forma, em comunhão com o Espírito Santo,

daremos glória a Deus,

Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,

pelos séculos dos séculos.

Amén.

 

É possível concluir a celebração elevando um cântico à Virgem Maria.

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