Comitê ampliado da Repam define ações para os próximos anos

Encontro reúne diversas entidades em vista da articulação das ações da Repam

O Comitê Nacional ampliado da Rede Eclesial Pan-amazônica (Repam) está reunido na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), desde ontem, 17, para discutir e organizar as ações da Rede para os próximos anos. Até a tarde desta quinta-feira, 18, representantes de organizações e instituições que atuam em âmbito eclesial e social na região amazônica fazem momentos de partilha e debatem a articulação.

Estão presentes entidades como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Cáritas Brasileira, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), as Pontifícias Obras Missionárias (POM), entre outras. Na primeira parte da reunião, foram partilhadas as possibilidades de contribuição de cada entidade no processo de articulação da Rede.

“A partir do Comitê Nacional, nós criamos o Comitê ampliado com várias instituições que tem relação com a Amazônia para nos ajudar nessa articulação. O principal objetivo é juntar essas forças que existem na região para que a gente possa fortalecer o processo da Repam”, explica a assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, irmã Maria Irene Lopes dos Santos.

A ação da Repam busca estabelecer uma plataforma de intercâmbio e colaboração que apoie e articule os esforços de missionários, congregações, dioceses, e outras organizações seculares trabalhando em defesa da vida, da floresta e das populações locais e do bem comum em toda a bacia amazônica.

“Estamos trabalhando com as organizações já instituídas e elas estão sendo convidadas a fazer parte dessa rede eclesial”, explica Izalene Tiene, articuladora do Comitê Nacional da Repam. Izalene disse que haverá um envolvimento destas organizações nas formações sobre a encíclica do papa Francisco Laudato Si’, promovidas pela Rede. “Desta reunião deve sair um planejamento das nossas ações durante os próximos dois anos, que já está incluída uma formação sobre a Laudato Si’ em toda a Amazônia Legal. Nós vamos estar em 9 estados, são 63 dioceses e o trabalho deve atingir toda essa realidade amazônica”, complementa a articuladora.

Padre Dario Bossi, da Rede Iglesias y Mineria, elogiou a iniciativa do comitê ampliado da Repam em organizar este encontro. “Estão aqui representantes de entidades de várias proveniências no Brasil, com atuações muito diferentes, para unir forças e cuidarmos juntos dessa Amazônia, desse planeta”, disse Bossi. O sacerdote explicou que atualmente o minério é um bem financeiro, que está beneficiando pouquíssimas empresas e não é extraído para o interesse da população e sim para acumulação do capital, e não é isso que a Amazônia precisa. “A Repam pode contribuir para a maior visibilidade do problema da mineração no Brasil. Associada a uma leitura popular da encíclica Laudato Si’ e também a Campanha da Fraternidade deste ano, que trata do tema da Casa Comum, nós acreditamos que podemos aproveitar desse tempo oportuno, desse kairós, para que a Igreja católica, juntamente com outras igrejas do Brasil, de fato ajudem a população a assumir o compromisso ético e humano de cuidar desse planeta para o bem dos nossos filhos e netos”, afirma Dario Bossi.

A Rede Um Grito Pela Vida integra a Repam, fazendo parte do comitê ampliado e realizando ações em parcerias. “O desafio grande é inserir o tema do tráfico de pessoas e do abuso da exploração sexual, que são temáticas muito latentes na Amazônia, na conscientização da população em geral”, explica irmã Rose Bertoldo, da Rede Um Grito Pela Vida. A religiosa acrescenta que “é impossível pensar a Casa Comum sem pensar estas temáticas. A gente se insere como parceira da Repam para trabalhar essas questões”.

Nesta reunião, a Repam reforça a proposta de recuperar a dimensão profética no anúncio do Reino de Jesus Cristo e de abraçar as pequenas lutas e esperanças dos povos indígenas, ribeirinhos, afrodescendentes, moradores das cidades, mulheres, jovens, crianças e todas as pessoas empobrecidas e excluídas da vasta região amazônica.

O Comitê Nacional da Repam no Brasil é um órgão pertencente à Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB. O seu objetivo é articular, monitorar e fazer a gestão de projetos da Repam em nível de CNBB, por meio da Comissão.
Com informações de Andrea Bonatelli e fotografia das Pontifícias Obras Missionárias

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Fonte: CNBB

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