Brasil que almejamos

    Está presente no coração das pessoas o desejo de felicidade, da construção de vida digna e de realização pessoal. Esse desejo, que deve se transformar em realidade concreta, depende de esforço de cada um e do ambiente que o favoreça. O querer não significa realidade numa cultura onde domina o espírito individualista. O “eu” depende do “nós”, da partilha e do compromisso social.

    Dentro desse contexto, podemos refletir sobre o Brasil que almejamos, vendo um sinal evidente de que há muito para ser feito e para se tornar ambiente de realização humana. Enquanto uma minoria vive numa realidade privilegiada, a maioria fica na impossibilidade de realizar aquilo que realmente pretende como cidadãos, que têm os mesmos direitos e deveres constitucionais.

    O ser humano não deveria viver na condição de forasteiro, sem rumo, como se não fizesse parte de uma nação. O mundo, o país, a terra e os bens da natureza em geral, são propriedade de todos, e não monopólio de uma minoria. Muitas pessoas clamam diante de sua aflição, suas angústias e miséria. Biblicamente falando, da terra emana “leite e mel”, mas quando todos têm acesso a ela.

    O clima da política brasileira já está tomando fôlego. É uma realidade que se repete na preparação para as eleições, momento de extrema importância, porque o Brasil que almejamos só se concretiza com ações políticas feitas com responsabilidade e políticas públicas voltadas para necessidades urgentes dos cidadãos. Supõe também a participação lúcida dos eleitores com sufrágio de seu voto.

    Queremos um Brasil onde todos os cidadãos consigam ter as condições mínimas para viver, tenham teto, terra e trabalho. Um País que defenda a vida de sua gente dentro das condições colocadas e profetizadas pelo Papa Francisco, ao dizer: “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem-terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que provém do trabalho”.

    A Sagrada Escritura diz que não é só de pão que vive a pessoa (cf. Dt 8,3), mas sem ele é quase impossível a sobrevivência. No meio de tanta fartura das grandes empresas, gerando enormes dividendos, o Brasil, na história dos últimos tempos, não tem proporcionado uma política que possibilite uma saudável economia familiar, geradora de trabalho, de casa e de alimento.

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