Boletim Novembro 2015

“É preciso revigorar a consciência de que somos uma única família humana. Não há fronteiras nem barreiras políticas ou sociais que permitam isolar-nos e, por isso mesmo, também não há espaço para a globalização da indiferença.”
Papa Francisco em sua carta encíclica, Laudato Si’

Deus é Família de amor eterno no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O Papa Francisco nos ensina que toda criação é tecida por uma estrutura familiar, desde a partir das galáxias até as microestruturas do universo. Todos os seres vivos nascem, crescem, vivem e convivem numa estrutura familiar. Neste sentido, a família humana aparece como a visibilidade encarnada do próprio ser e existir de Deus. Tudo o que existe tem uma estrutura familiar porque o autor e criador de tudo é, antes de qualquer coisa, família.

A Bíblia passa a mensagem de que a família é o grande bem de Deus e dos homens. A Igreja a declara o santuário da vida, a escola dos valores, a Igreja doméstica, o berço da existência e o lugar prioritário da educação e da evangelização. Por ela passa o futuro da vida, da sociedade, da Igreja e da própria humanidade. A história mesmo mostra que sempre que a família foi questionada em seu valor fundamental como a célula e a fonte básica do amor e da vida, as pessoas adoeceram, a estrutura das relações afetivas, psíquicas e espirituais se debilitou, a solidez da sociedade se arruinou e as próprias civilizações desapareceram. Questionar, portanto, a família em sua estrutura de amor entre homem e mulher, pais e filhos, é ir contra a vida, contra a sadia convivência humana e o próprio futuro do mundo.

Infelizmente vivemos num tempo em que a família é questionada pelas ideologias do materialismo, do consumismo e pela perversa ideologia do gênero. A Igreja é a voz que se levanta e defende a família como a genuína fonte do amor e da vida, como o bem maior de Deus e da humanidade. E nós, como cristãos, somos chamados a ir muito além do amor afetivo parental. Em Cristo nos tornamos irmãos, filhos e filhas do mesmo Deus e Pai de todos. Por nosso batismo temos a missão de partilhar da sorte de todos, particularmente dos que mais sofrem necessidades materiais e espirituais em nosso meio e pelo mundo. “Disseram a Jesus. Eis que tua Mãe e teus irmãos estão ali fora e te esperam. Respondeu Jesus. Quem é meu irmão, minha irmã e minha Mãe? São todos os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Mt 12,47-48). E enquanto no mundo tiver uma só pessoa excluída ou sofrendo, nossa missão de cristãos não terminou: “Não fiquem devendo nada a ninguém a não ser o amor mútuo” (Rm 13,8)

Todos pertencemos a grande família de Deus e somos orientados para viver em plenitude na casa do Pai, a eternidade. O caminho de nossa santificação e salvação já conhecemos: É Jesus. No amor a Deus e no amor aos irmãos vivemos nossa missão, pois “tudo o que fizerdes ao menor dos meus, é a mim mesmo que o fareis” (Mt 25,40)

Pe. Evaristo Debiasi
Assistente eclesiástico nacional

Este é apenas o editorial do Boletim em referência.

Fonte: AIS

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