Bispos Benin: a corrupção ameaça a democracia e é prejudicial à paz

“A corrupção ameaça a democracia”: foi o que recordou a Conferência Episcopal do Benin, cuja população no próximo domingo (28/02) irá às urnas para eleger o presidente da nação do oeste da África, que deverá substituir o chefe de Estado Thomas Yayi Boni, não mais elegível após dois mandatos consecutivos de cinco anos.

Dias atrás a Conferência episcopal realizou um debate público dedicado à “necessidade de combater a corrupção eleitoral e suas mazelas”.

Sistema corrupto é prejudicial à paz

Os bispos afirmaram que “o contexto nacional é marcado por uma corrupção tão vasta que a Igreja católica sentiu a necessidade de lançar o alarme” justamente para evitar que “a paz seja fortemente ameaçada” por um sistema corrupto.

Mais de cem pessoas provenientes de todo o país e membros de diferentes confissões religiosas participaram do encontro da Conferência Episcopal do Benin.

Destaca-se, entre os presentes, o arcebispo de Cotonou  e presidente dos bispos beninenses, Dom Antoine Ganye, a quem foi solicitado que endereçasse uma carta aberta ao presidente Boni pedindo-lhe que fizesse todo o possível para acabar com a corrupção.

Predomínio do dinheiro, primeiro flagelo social e político

Ademais, a Conferência episcopal chamou a atenção para a necessidade de um maior envolvimento das organizações da sociedade civil na formação dos funcionários eleitorais. Já no início deste mês os bispos beninenses tinham difundido uma Carta pastoral dedicada ao combate à corrupção.

Intitulada “Diante do olhar de Deus”, a missiva exortava os fiéis a combater este “mal social”, bem como o egocentrismo; o predomínio do dinheiro, primeiro flagelo social e político; o poder vivido como ambição e autoritarismo. Por fim, os bispos convidavam à conversão e ao perdão no seio da nação.

Fonte: Rádio Vaticano

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