Ano Amoris Laetitia e os idosos

    Uma das propostas deste ano Amoris Laetitia, instituído pelo Papa Francisco em março desse ano de 2021, é acompanhar e apoiar as famílias. A Igreja sempre teve um carinho especial pelas famílias, pois das famílias nascem os frutos do amor que são os filhos, e no futuro esses filhos contribuirão para a continuação desse amor que eles receberam e darão, de igual modo, esses frutos para a Igreja.

    De igual maneira, a Igreja tem um carinho todo especial para com os idosos, que ao longo da vida educaram os seus filhos com amor e ajudaram a educar os netos e, através da sabedoria de longos anos, passam toda a experiencia de vida para os seus familiares. Os idosos trazem consigo a experiência de vida ao longo dos anos e a força da fé em Deus, que mesmo diante dos problemas, não desistem de acreditar que tudo vai melhorar.

    Estamos celebrando Dia dos Avós e dos Idosos, no quarto domingo de julho, bem próximo da memória de São Joaquim e Santana comemorada em 26 de julho. Na semana que precede a data somos chamados a nos preparar e aprofundar a pastoral da pessoa idosa entre os dias 19 a 25 de julho, culminando com a celebração do primeiro Dia Mundial dos Avós e Idosos, nesse domingo, dia 25 de julho. Essa data foi instituída pelo Papa Francisco esse ano para que o Dia dos Avós e idosos tenha uma maior abrangência, assim como tem o Dia das Mães e o Dia dos Pais. Inicia uma nova tradição. O tema escolhido pelo Papa é “Eu estou contigo todos os dias” e fala em primeira pessoa do plural: nós os idosos.

    Neste mês dedicado aos avós, tire um tempo do seu dia para fazer uma ligação aos seus avós, se esses ainda estão vivos, ou faça uma visita, tomando os devidos cuidados devido à pandemia da Covid-19. Para que os seus avós não se sintam deprimidos, tristes ou esquecidos, mas que eles fiquem felizes com a sua lembrança. Se eles já faleceram, faça uma prece especial a Deus por eles, para que do céu, eles intercedam por sua vida. Recomenda-se encomendar missas pelo sufrágio das almas dos avós falecidos.

    Devemos cuidar dos nossos pais e avós até o fim de suas vidas, mesmo que estejam já na velhice com seus cabelos brancos, devemos dar a eles a nossa atenção e ter paciência para com eles. Nos dias de hoje, aumentou consideravelmente a população idosa e a tendencia é que nos próximos anos, o número de idosos seja maior do que o número de jovens.

    É comum os idosos se sentirem sozinhos, deprimidos e muitas vezes tristes, porque os filhos, netos e bisnetos não lhes dão atenção e não têm paciência para com eles. Nós, como cristãos católicos, não podemos permitir isso, temos que dar atenção e carinho aos nossos idosos e cuidar deles até o fim de suas vidas. Temos que nos alegrar quando temos um idoso na nossa família, porque além de trazerem consigo a sabedoria de vida, é motivo de dar graças a Deus por chegarem à idade avançada com saúde.

    O cenário atual que atravessamos provocado pela pandemia da Covid-19, proporcionou às famílias viverem o modelo da Igreja doméstica, onde passaram a rezar juntos, assistirem às missas pela televisão e partilharem o Evangelho. A partir disso, puderam ver nos ensinamentos de Jesus, o carinho e amor que devemos ter com o nosso próximo, sobretudo os mais idosos. Podemos ser em nosso lar testemunhas do amor e sermos mensageiros da boa nova.

    Em 19 de março desse ano, comemoramos os cinco anos da publicação da exortação apostólica “Amoris Laetitia”. A exortação trata sobretudo sobre a beleza e a alegria do amor familiar. Por isso, o Papa inaugurou o ano “Amoris Laetitia”, que terminará em 26 de junho de 2022, por ocasião do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma, com o Santo Padre.

    O intuito do Papa ao instituir o ano “Amoris Laetitia” é, além de comemorar os cinco anos da exortação apostólica, ter a proposta de acompanhar e cuidar das famílias. Principalmente, os idosos que foram muito afetados com a questão da pandemia da Covid-19 e que serão lembrados agora, na Semana dos Idosos e no primeiro Dia mundial dos Avós e dos Idosos.

             Para o Papa Francisco, os idosos e avós são um verdadeiro “presente” que muitas vezes esquecemos essa riqueza, desprezamos a sabedoria e o ensinamento que as pessoas mais velhas podem nos transmitir. Os jovens, hoje em dia, não querem ouvir o conselho dos mais velhos e querem seguir os seus próprios caminhos e ainda desprezam os mais velhos. Muitas vezes, as pessoas só vão se arrepender do modo como trataram os idosos muito tarde, ou seja, na hora do leito de morte, aí não adianta pedir desculpas e querer ouvir os seus conselhos.

             Olhemos com carinho para os nossos idosos e cuidemos deles para que tenhamos conosco a sua sabedoria por longos anos. É uma riqueza muito grande termos alguém idoso em nossa casa, é uma demonstração do amor e da misericórdia de Deus para nós e para nossa família. Que a nossa fé nos ajude a compreender os sinais dos tempos e o quão Ele é misericordioso com cada um de nós e com cada idoso de nossa família.

    Que o Espírito Santo nos ajude em nossa caminhada aqui na terra e a sermos sinais do amor e da misericórdia de Deus para com os mais idosos. Amém.

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