A sustentação de um edifício depende da base que foi feita. O mesmo acontece com as estruturas existentes na sociedade, seja do país, do Estado, dos Municípios, das organizações instituídas, da família, das Igrejas etc. A Palavra da Sagrada Escritura já fala que casa construída sobre a areia não fica de pé (cf. Mt 9,26).
Todo bispo católico é convocado, de tempo em tempo, para realizar a “Visita ad limina”, isto é, aos túmulos dos apóstolos, de modo particular, de Pedro e Paulo. Eles são constituídos como colunas de sustentação da Igreja. A Pedro Jesus disse: “Tu és Pedro, sobre esta pedra construirei minha Igreja” (Mt 16,18). Paulo foi o grande missionário, como lemos no livro dos Atos dos Apóstolos.
Falando de “alicerce da fé”, fazemos alusão à dimensão de Igreja como caminho para a vivência daquilo que se deve acreditar, porque sua fundamentação está na Palavra de Deus. Nos túmulos de Pedro e Paulo, em Roma, o bispo reza pela sua diocese e renova os compromissos evangelizadores de sua Igreja. Nesse gesto estão as forças centralizadas no alicerce construído por Jesus Cristo.
Falar da identidade da fé cristã significa professar, por revelação divina, que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo. É justamente aí que está firmado o alicerce da Igreja e onde ela se edifica como povo de Deus. Jesus é a pedra angular, capaz de formar comunidades cristãs comprometidas com a vida e a dignidade das pessoas, na luta pelo bem comum de seus membros.
Sempre houve a tentativa de destruir a Igreja, mas os seus fundamentos são muito firmes e não a deixam ficar abalada em suas estruturas. Mesmo com a diminuição do número de fieis, ela continua cumprindo o pedido de Jesus, quando envia os discípulos para a missão de evangelizar. Não importa o número, mas a qualidade do testemunho das pessoas convictas na sua fé.
Quem está firme, alicerçado na fé e tem fidelidade a Deus, normalmente, experimenta serenidade ao enfrentar as dificuldades da vida. É uma dinâmica que o mundo secular não consegue, com facilidade, compreender. A falta de fé dificulta para a pessoa ter abertura e entender o caminho feito pela Igreja. Não basta uma fé racional, mas também alicerçada na ação do Espírito Santo.
