Agradecimento no encerramento do III Simpósio Internacional de Direito Canônico.

    “O direito ao encontro da misericórdia”

    Caríssimos amigos!
    Agradeço a oportunidade de termos tido o privilégio de nos colocar a serviço da Igreja sediando o Simpósio Internacional de Direito Canônico organizado pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico aqui do Rio de Janeiro. Agradeço ao Com. Prof. Dr. José Gomes Moraes, Diretor do Instituto e equipe pela organização e direção deste evento. De maneira especial a D. Sérgio de Deus Borges, Bispos Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e da Comissão dos Tribunais de 2ª Instância da CNBB e ao secretário adjunto Prof. Ms. D. Hugo Cavalcante, OSB, secretário geral da Sociedade Brasileira de Canonistas e aqui também um dos tradutores dos textos e das falas.
    O meu agradecimento entusiasta aos nossos conferencistas: os eminentíssimos Cardeais Francesco Coccopalmerio e Odilo Sherer; a sua excelência reverendíssimo D. Dimistrios Salachas, Exarca Emérito da Igreja Greco Católica e ao ilustríssimo Prof. Dr. Manuel Jesús Arroba Conde, Claretiano – que levaram o conteúdo deste simpósio a um nível invejável pelas suas capacidades e conhecimentos. Muito obrigado pela partilha e simpática presenças.
    Os assuntos esclarecidos e aprofundados foram muitos. Ao levar as apostilas para casa sei que teremos ainda muito a ler e conhecer. Estamos felizes por ter proporcionado essa possibilidade. Deus seja louvado! Tudo para a maior glória de Deus!
    Temos consciência de nossa responsabilidade para com a Igreja e procuramos servir dentro de nossas possibilidades em tudo o que for necessário. Pela história cultural, pela localização e facilidade de deslocamento o Rio de Janeiro, apesar das mazelas e violências da grande cidade, ela tem essa missão. Por isso, sempre nos colocamos ao dispor para servir com os nossos locais e o nosso pessoal. Agradeço às Irmãs do Bom Conselho e aos funcionários do Centro de Estudos, ao Pe. Henrique Diegues e pessoal da Mitra Arquidiocesana, assim como os membros do Instituto de Direito Canônico que aqui se desdobraram para servir.
    Pelo que ouvi nas conversas espontâneas durante os cafezinhos e refeições, estes dias foram enriquecedores, seja pela convivência fraterna dos participantes como pelo interesse no assunto. Sem dúvida que, desde que saiu a nova legislação canônica para a celeridade das causas de nulidade matrimonial, diversas interpretações e discussões ocorreram. Aqui mesmo fizemos vários encontros Arquidiocesanos, Provinciais e Regionais para estudar o assunto e tentar dirimir as dúvidas. Com os nossos conferencistas, de autoridade e conhecimento incontestáveis, creio que os encaminhamentos foram feitos. Atentos às exposições dos temas, foram se colocando um esclarecimento maior não só nas respostas, mas dirimindo e clareando a uma verdadeira interpretação da nova legislação que ainda haviam duvidas ou outras interpretações.
    Acredito que foi um simpósio enriquecedor! Auguro que esses dias aqui passados e com as riquezas informativas adquiridas possam auxiliar na pastoral da justiça eclesiástica exercida pelos operadores nas diversas dioceses de quase todos os regionais da CNBB que aqui partilharam a vida nestes dias. Tenho certeza de que tivemos aqui nestes dias homens e mulheres que marcam a história da Igreja no Brasil com seu trabalho nos Tribunais Eclesiásticos, nas aulas nos Cursos de Teologia, na orientação das famílias. Muito obrigado pela presença amiga de todos.
    D. Lelis Lara, que lançou aqui seu livro “Compendio de Direito Canônico” ao alcance de todos lembrou que os fiéis “precisam conhecer seus direitos” e não só seus deveres; inspirou-me uma ideia que espero que nosso Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico, pela ação do nosso Diretor, Cônego José Gomes de Moraes, possamos anualmente promover Simpósios desta alta qualidade de conteúdo formativo canônico, fiel ao que pede o Papa Francisco oferecendo formação permanente canônica para todos os operadores de direito, para o clero e, sobretudo, para todos os nossos fiéis. Mas aqui também nos colocamos à disposição da Sociedade Brasileira de Canonistas para seus encontros e reuniões.
    O Centro de Estudos do Sumaré está localizado em um local aprazível, porém isolado, por isso temos alguns problemas de acesso, deslocamento, energia elétrica e de sinal de internet. Embora tenha melhorado muito, porém devido às chuvas que caíram nesta semana tivemos alguns problemas que nossos técnicos tentaram resolver. Agradeço a todos pela caridade e compreensão em relevar os problemas técnicos e de logística. Obrigado pela compreensão.
    Rezo para que este Simpósio continue vivo na volta dos participantes para os seus respectivos serviços eclesiais, pois só assim pode se concretizar o motivo maior deste evento. Já pedi ao Con. José Gomes e sua equipe para providenciar logo a publicação dos textos em um número especial da revista do Instituto para servir de registro e consulta para o presente e o futuro do Direito Canônico.
    Desde a primeira Celebração Eucarística S. Emcia. O Cardeal Coccopalmerio recordava que estaremos onde? Fazendo um paralelo ao Evangelho daquele dia, Mt 25,31-46: “Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” A cada um de nós operadores do direito o que fizemos, como estamos exercendo esta difícil pastoral? Eis o desafio, eis a missão misericordiosa que somos chamados a exercer sempre com a justiça.
    Neste ano do jubileu extraordinário da Misericórdia creio que pudemos ainda mais marcar nossa presença na Igreja como evangelizadores e anunciadores da misericórdia recordando duas citações no início do livro do Padre Demétrio Gomes também aqui lançado nesta semana: “A misericórdia não exclui a justiça, senão que é a sua plenitude” (Santo Tomás de Aquino) e a inspiração do Papa Francisco na Misericordiae Vultus: “justiça e misericórdia não são dois aspectos em contraste entre si, mas duas dimensões duma única realidade que se desenvolve gradualmente até atingir o seu clímax na plenitude do amor” (n.2). 
    Que este encontro assim tenha ocorrido e levado a nos convencer cada vez mais que “as reformas processuais na Igreja e o Sínodo da Família” foi mostrar “o direito ao encontro da Misericórdia” Que tenhamos sempre a luz do justo juiz e da misericórdia, diante de nossas atividades pastorais da justiça eclesiástica.
    Muito obrigado pela presença, um bom retorno a todos. Santa Quaresma! Deus os ilumine e acompanhe.

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here