Nossa sociedade valoriza muito a aparência e a estética, e possui a marca do que chamamos de chaga profunda da violência. Mas nas pessoas pobres e simples encontramos a manifestação da grandeza e do amor de Deus. Muitos sofrimentos são causados por exploração desleal de umas pessoas sobre as outras. Sofrimentos como nova forma de viver a prática da escravidão, com moldes da nova cultura.
Em meio a tudo isto, há pessoas que agem como filhos da luz, renunciam as obras das trevas e praticam a bondade, a justiça e a verdade. Quem segue os princípios divinos é considerado autêntico e livre. Nada tem a esconder ou de que se envergonhar. É importante saber que há pessoas que investem na construção do bem e que, nem sempre, são valorizadas.
Nesta semana tive a oportunidade de visitar uma obra social na cidade de Uberaba, que presta um grande serviço para o bem da comunidade, pouco visualizada e que conta muito com a Providência Divina. Digo isto porque não é fácil sustentar uma obra social, de tamanha envergadura, com pouco recurso financeiro.
Há quase trinta anos que duas missionárias de origem italiana, Francesca (já falecida) e Amália, começaram um trabalho de ação social e missionário em Uberaba, formado hoje por seis creches em áreas periféricas da cidade que, no momento, atendem a 1.224 crianças, adolescentes e jovens, dentro de uma orientação com princípios cristãos.
Conhecendo esta realidade, senti o quanto de bem isto tem feito para a cidade, trazendo orientação sadia para um número muito grande de famílias. Até penso que deveria ter melhor apoio das autoridades e da sociedade em seu todo. São alunos que vão de quatro meses a dezesseis anos de idade, em geral de famílias carentes.
Obras assim são como luz do mundo, que brilham no meio de tantas trevas que desfiguram a beleza do ser humano. É como uma luz que vem de Deus iluminando aqueles que assumem cargos de responsabilidade social, levando adiante o plano divino de amor e justiça no mundo.