A psicanálise é frequentemente referida como psicologia profunda, devido à sua ênfase na exploração do inconsciente e na busca por compreender os processos mentais que influenciam o comportamento humano. Essa abordagem terapêutica, investiga os aspectos mais profundos da mente, incluindo desejos reprimidos, conflitos internos e traumas, para promover a cura e o autoconhecimento.
A descoberta do médico neurologista Dr. Sigmund Freud se concretizou com a ajuda de seu professor e conselheiro o Dr. Josef Breuer, e deu origem a uma nova abordagem para o estudo da psicologia humana. Essa abordagem, que visava trazer luz às profundezas da psique, seria posteriormente denominada “psicologia profunda”.
Além de servir como médico e fazer pesquisas, Dr. Josef Breuer também lecionou no Instituto de Fisiologia da Universidade de Viena, da qual renunciou em 1885. Em uma ocasião, enquanto lecionava lá em 1877, ele conheceu Sigmund Freud com quem ele estabelece um excelente relacionamento.
Psicologia profunda é um termo definido por Josef Breuer, um renomado médico fisiologista austríaco professor e mentor de Freud, que se refere à abordagem dos psicólogos ao estudo do inconsciente.
O inconsciente é um repositório de pensamentos, sentimentos e emoções fora da percepção ou influência consciente. O Dr. Freud insistia na ideia de que, dentro do inconsciente, viviam principalmente os segmentos reprimidos da mente consciente.
O campo de estudo da psicologia profunda assumiu várias formas ao longo da história, influenciado por psicólogos proeminentes que vieram depois de Freud, como o psiquiatra e psicanalista suíço Dr. Carl Gustav Jung e do psicólogo austríaco fundador da psicologia do desenvolvimento individual Dr. Alfred Adler. Dr. Adler formou-se em medicina, psicologia e filosofia pela Universidade de Viena. Praticou clínica geral antes de se dedicar à psiquiatria. Em 1902 foi trabalhar com Sigmund Freud, realizando pesquisas no campo da psicanálise.
A psicologia profunda explora o pensamento inconsciente por meio de eventos aparentemente insignificantes, como lapsos de linguagem, humor espontâneo, sonhos e coincidências. Essa exploração pode levar à cura, a libertação de males, iluminando pensamentos, emoções e ideias reprimidos e trazendo-os de volta à consciência. Trata-se de um esforço interdisciplinar que extrai sua compreensão da literatura, da filosofia, da antropologia e do simbolismo. Tal a importância de estender o estudo da psique do indivíduo para a cultura.
Um dos primeiros estudos randomizados e controlados de tratamento psicanalítico para depressão resistente ao tratamento mostrou, após 18 meses de análise, que 44% dos participantes do estudo não atendiam mais aos critérios para depressão grave, em comparação com 10% dos participantes que receberam diferentes tipos de terapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). As melhorias alcançadas com a terapia psicanalítica foram mais significativas do que os resultados de outras terapias, incluindo a TCC.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Trabalha Clinicando na Comunidade de Ação Pastoral – CAP
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Psicologia, Educação e Desenvolvimento pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo-SP.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica