“Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: ‘Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma.’” (cf. Lc 2,34-35).
Após a Solenidade do Natal do Senhor, avançamos pela Oitava de Natal a qual vive-se a exultação da Festa do Nascimento de Jesus. Em que, o domingo logo após a tamanha festividade, celebra-se a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, exemplo e modelo de família as nossas comunidades familiares.
A Primeira Leitura, retirada do Livro do Eclesiástico 3,3-7.14-17a (gr.2-6.12-14), o autor sagrado desdobra sobre a importância do mandamento Honrar teu pai e tua mãe, dando a suma importância em vivenciar este mandamento e a promessa, como consequência, daqueles que cumprem este mandamento. Afinal, “quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe” (cf. Eclo 3,4-7). Assim, “a observância do mandamento de Deus não é só dá longa vida, mas é também expiação dos pecados e garantia de ser atendido na oração, de ter alegria nos próprios filhos, de não ser esquecido por Deus” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã).
No Evangelho de Lucas (Lc 2, 22-40), é nos demonstrado a Sagrada Família de Nazaré, onde o Menino Jesus é apresentado no Templo de Jerusalém, conforme a Lei do Senhor devido a purificação da Mãe e do Filho. Através deste gesto, a Sagrada Família concretiza a família ideal que escuta a Palavra de Deus, que busca edificar em suas vidas e consagrando a vida de todos os seus membros. Ora, neste mesmo episódio, o Simeão profetiza sobre a vida do Menino Jesus e louva a Deus: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel” (cf. Lc 2,29-32). E ainda, completa voltando o seu olhar a Mãe de Deus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (cf. Lc 2,34-35). Assim, Jesus é descrito como o Messias do Senhor, ao qual cumprirá a figura do Servo sofredor, ao mesmo tempo sendo luz para os povos.
A Segunda Leitura extraída da Carta de São Paulo aos Colossenses (Cl 3,12-21), o apóstolo exorta sobre a dimensão do amor daqueles que vivem em Cristo, principalmente através dos gestos daqueles que partilham o espaço familiar, em que a paz de Cristo reine nos corações de todos, usando da sabedoria que é dada a cada um pela Palavra. “Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também” (cf. Cl 3,12-13).
E, através desta Festa da Sagrada Família, possamos buscar o exemplo da excelência de vida familiar, assim como a Família de Nazaré. Confiando piamente na promessa de Deus, a fim de que a alegria possa habitar em nossos lares e na vivência do nosso dia-a-dia.
Feliz Natal! Saudações em Cristo!