“A evangelização assume a vida humana, vivendo concretamente os sofrimentos de Cristo nas pessoas”, são palavras do Papa Francisco aos receber os participantes no Capítulo Geral da Sociedade da Missões Africanas nesta sexta-feira (17/05) no Vaticano
Manoel Tavares – Cidade do Vaticano
O Santo Padre recebeu, na manhã desta sexta-feira (17/5), na Sala do Consistório, no Vaticano, 80 participantes no Capítulo Geral da Sociedade das Missões Africanas, que se realiza Roma.
Em sua saudação aos presentes, o Papa agradeceu pelo grande trabalho de evangelização que o Instituto realiza na África, sobretudo entre as populações rurais da periferia, onde a comunidade cristã ainda é frágil ou até inexistente. E acrescentou:
“ Fico feliz também pelo desejo de vocês de desenvolver novas formas de presença entre as populações de origem africana em outras partes do mundo, em particular entre os migrantes. Estes novos horizontes pastorais são um sinal da vitalidade do Espírito Santo, que os exorta a responder aos desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, para atingir as periferias do mundo que precisam da luz do Evangelho ”
Francisco agradeceu aos membros da Sociedade das Missões para a África pelo seu zelo missionário, repleto de coragem, que os leva a “sair pelo mundo para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo”. Às vezes, – frisou o Papa – a missão comporta riscos de vida nas pegadas dos seus Fundadores.
Aqui, o Pontífice uniu-se à oração do Instituto pelo Padre Pierluigi Maccalli, sequestrado, há vários meses, no Níger, e assegura a solicitude e atenção da Santa Sé sobre esta situação preocupante.
A seguir, falando do caráter familiar desta Comunidade apostólica, o Papa explicou:
“ A evangelização é sempre composta de uma comunidade que atua, mediante obras e gestos no dia-a-dia dos outros, encurta as distâncias e até leva, se necessário, à humilhação, e assume a vida humana, vivendo concretamente os sofrimentos de Cristo nas pessoas ”
Neste sentido, Francisco encorajou os membros da Comunidade apostólica a perseverarem em seu compromisso, em estreita colaboração com os membros de outras religiões e instituições, a serviço das crianças e das pessoas mais frágeis, vítimas das guerras, de doenças e do tráfico de seres humanos. Por quê? E respondeu:
“ Porque a escolha dos últimos, dos que a sociedade rejeita e exclui, é um sinal que expressa, concretamente, a presença e a solicitude de Cristo misericordioso. Assim, impelidos pelo Espírito, vocês poderão ser servidores de uma cultura de diálogo e de encontro, que cuida dos mais pequeninos e dos pobres, contribuindo para o advento de uma verdadeira fraternidade humana ”
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