Quem passou pelas ruas e praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo, 5 de maio, foi impactado pela presença de um “bebê gigante”, que por si só demonstrava a importância de proteger o nascituro, durante a 7ª Marcha pela vida Contra o aborto.
O evento, realizado pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto, reuniu, de acordo com a organização, cerca de 3 mil pessoas nas duas atividades promovidas, a Marcha e as Arenas Juntos pela Vida, contando com os jogos pela vida, além de exposição e, em paralelo, coleta de assinaturas para a aprovação do Estatuto do Nascituro.
Neste ano, trouxe como tema “Brasil pelas duas vidas”. Segundo a coordenadora Zezé Luz, o objetivo foi “alertar a população sobre o ativismo judicial que tenta usurpar o poder do Legislativo em aceitar a discussão de descriminalização do aborto nos casos de Zika Vírus, através da ADI 5581, e da ADPF442, que versa sobre a legalização do aborto até os 3 meses de gestação”.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581 foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), a fim de despenalizar o aborto no caso de grávidas infectadas pelo vírus da zika.
Por sua vez, A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442) foi apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ao Supremo Tribunal Federal e propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
Trata-se, explicou Zezé Luz, de “uma tentativa clara de invasão de competência” por parte do Supremo. “Não iremos nos calar! Chamamos a atenção dos parlamentares presentes”, afirmou.
Foto: Equipe de Comunicação Marcha pela Vida
Para a coordenadora do movimento, “indiretamente a Marcha alcançou seus objetivos. A praia estava relativamente cheia e milhares de pessoas puderam ouvir os diversos especialistas que estavam presentes e autoridades”.
Entre estes, estavam o médico cirurgião Dr. Rodolpho Acatauassû, que falou sobre o Zika Vírus e aborto Eugênico; o jurista Dr. Zenóbio Fonseca, que falou sobre a ADPF 442 e sua inconstitucionalidade; e a própria Zezé Luz, a qual destacou as causas e consequências do aborto provocado, falou “sobre os números falaciosos do aborto no Brasil, que são frequentemente inflados para influenciar a população para aceitar o aborto como um ‘direito’”; além de outras lideranças pró-vida e deputados estaduais e federais, que falaram sobre o papel do Estado na prevenção do aborto e questionaram o ativismo judicial.