São João Paulo II: o Papa da juventude

No dia em que a Igreja recorda São João Paulo II, Vatican News repropõe as palavras dirigidas aos jovens pelo Papa polonês, na vigília na esplanada de Tor Vergata, no Jubileu do Ano 2000.

Cidade do Vaticano

Em meio ao Sínodo sobre os jovens, a Igreja celebra neste 22 de outubro um santo considerado o Papa da juventude: São João Paulo II.

A vigília na esplanada de Tor Vergata, no Jubileu do Ano 2000, foi um momento emblemático da relação do Papa polonês com os jovens da época. E suas palavras continuam mais atuais que nunca.

O centro da mensagem de João Paulo II foi Jesus e o Evangelho:

Também hoje, caríssimos amigos, crer em Jesus, seguir Jesus pelas pegadas de Pedro, de Tomé, dos primeiros apóstolos e testemunhas, implica uma tomada de posição a favor d’Ele e, não raro, quase um novo martírio: o martírio de quem, hoje como ontem, é chamado a ir contra a corrente para seguir o divino Mestre.

O Pontífice chamou os jovens de “sentinelas da manhã”, advertindo-os para os “messianismos secularizados”:

Queridos amigos, vejo em vós as «sentinelas da manhã» (cf. Is 21, 11-12), nesta alvorada do terceiro milénio. No decurso do século que morre, jovens como vós eram convocados em reuniões oceânicas para aprenderem a odiar, eram mandados combater uns contra os outros. Os diversos messianismos secularizados, que pretenderam substituir a esperança cristã, revelaram-se depois autênticos infernos.

A exortação de João Paulo II é para que os jovens não sejam instrumentos de violência, mas defendam a paz à custa da própria vida:

Hoje encontrais-vos reunidos aqui para afirmar que, no novo século, não vos prestareis a ser instrumentos de violência e de destruição; defendereis a paz, à custa da própria vida se for necessário. Não vos conformareis com um mundo onde outros seres humanos morrem de fome, continuam analfabetos, não têm trabalho. Vós defendereis a vida em todas as etapas da sua evolução terrena, esforçar-vos-eis com todas as vossas forças por tornar esta terra cada vez mais habitável para todos.

Por fim, o convite a imitar Maria, dizendo “sim” ao Senhor, sem medo de se entregar a Ele:

Queridos jovens do século que começa, dizendo «sim» a Cristo, dizeis «sim» a cada um dos vossos mais nobres ideais. Eu peço a Cristo que reine nos vossos corações e na humanidade do novo século e milénio. Não tenhais medo de vos entregar a Ele: guiar-vos-á e dar-vos-á força para O seguirdes cada dia em todas as situações.

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