Como um rio que emerge e depois se oculta, após o Tempo do Natal e antes da Quaresma e, depois da Páscoa, temos o Tempo Comum. É nosso tempo de cotidianidade, da vida comum. Também nesse tempo, sem acontecimentos notáveis, o Espírito guia o povo de Deus.
O cotidiano é o chão de onde brota a espiritualidade do Tempo Comum. Um tempo que pode tornar-se espaço especial de graça, pois se encontra sob a custódia do Espírito que pousou sobre Jesus na festa do seu Batismo e que nos foi dado na solenidade de Pentecostes. É o Espírito nos conduzindo à comunhão da Trindade e à verdade plena, recordando-nos e ensinando-nos tudo o que o Senhor Jesus disse e fez.
É um tempo de espiritualidade sacramental.
Do décimo terceiro ao trigésimo primeiro domingo, Jesus empreende a demorada viagem para Jerusalém. É uma viagem teológica e de julgamento. Ele não julga nem condena, mas, a partir de suas ações e palavras, as pessoas se posicionam. “Quem não está comigo, está contra mim. Quem não recolhe comigo, espalha.”
São 33 ou 34 semanas em que evocamos o mistério de Cristo em sua plenitude, o que Cristo fez e disse para nossa salvação, sua pregação e os sinais, sua morte e ressurreição.
Durante o Tempo Comum, são celebradas quatro solenidades: Santíssima Trindade, Corpo e Sangue de Cristo, Sagrado Coração de Jesus e Cristo, Rei do Universo, que encerra o Tempo Comum, aprofundando a realeza de Cristo e a sua parusia, isto é, a segunda vinda de Jesus no final dos tempos.
A cor litúrgica é o verde, que simboliza a esperança. Dia após dia, o cristão converte-se e se conscientiza de seus deveres através da participação das celebrações dominicais.