Texto referencial: “sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”(Mt 5,48)
1º A ética cristã é superior à antiga. A antropologia do Evangelho é baseada no respeito, no amor, além de o ser na justiça. É claro, que ela é sempre perfectível: precisamos melhorar e superar-nos sempre. Até à morte. Hoje nós não somos nômades: vivemos, convivendo. Como irmãos e irmãs. É preciso, portanto, superar todas as outras éticas.
2º Por isso, a ética cristã, não foi, não é, nem jamais será fácil. Não podemos nivelar por baixo. É preciso superar, portanto, sobretudo, a ética de Talião. Somos propensos ao mal, onipresente na sociedade paganizada, de hoje, mas como cristãos, redimidos por Cristo, precisamos imitá-lo: nada de ódio, vinganças, de homicídios, feminicídios, sequestros, abortos e guerras (Ucrânia). A vida é sagrada desde o início (concepção).
3º Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito. Os evangelistas usam de diversos acordes teológicos, para apresentar a vivência cristã, afirmando: “sede misericordiosos, como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”, afirma Mateus (Mt 5,48). “Sede santos, porque Eu vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Ou então, como escreve Paulo aos romanos “santos de Deus” (Rm 7.7; Pe 1,15-16). Certamente, nos impressionamos com a perfeição, a santidade, mas ao mesmo tempo, mais ainda com a misericórdia de Deus. Ele é referência para os seus filhos. Por isso, o culto cristão não se esgota em orações, e participações na vida da Igreja: é mais. Muito mais. É chamamento à plenitude, ou seja, a uma vida mais amorosa, respeitosa e santa. Semelhante à de Cristo. A ascensão na vida cristã, deve ser progressiva, qualificada e plenificante.
Conclusão. Não basta ser cristão, para viver. É necessário, saber viver e conviver. Não basta ainda: é necessário, também, viver para… Para o próximo, para Deus. A vida é dom gratuito de Deus e por isso, transcendente. Quando, nós a entenderemos, como convém? Corretamente?
