32º Domingo: Festa De Todos Os Santos: aliás nossa…

    Lembrete Bíblico: “Esta é, a vosso respeito, a vontade de Deus, vossa santificação” (1ªTs.4,3). Aliás nossa…

    A sabedoria da Igreja, lembra o dia de Finados, o que é muito oportuno, mas, celebra também a grandeza de nossa vocação: a de sermos santos ou santas. Todos. A morte não provém do criador, mas é a realidade mais certa e dolorosa da humanidade. Ninguém mexe, sem responsabilidade, num projeto bem arquitetado e exato, sem pagar pelas consequências. O homem quis, por orgulho, ser igual a Deus: se prejudicou. Por isso, há tanta tristeza. A finitude rouba a alegria de muitos, a outros tantos, agride e a todos preocupa.

    Dia de Todos os Santos: a santidade é a nossa vocação. Conseguir alcançá-la, pela fé e pela graça, é nossa missão. “Sede Santos, porque eu vosso Deus sou Santo” (Lv19,3). O Vaticano II, também, o recorda para todos nós, (Lg39-43). Léon Bloy, já, afirmava: “minha única tristeza é não ser santo”. E nós?

    Diante do mistério da vida e da morte, há três alternativas ou desafios.

    • Não os levar a sério. Não o aconselho. É perigoso.
    • Revoltar-se? Seria um aborto existencial e irresponsabilidade. Lamentável.
    • Assumir a vida, como dom e missão, realizando-os. É a única escolha realista. Até agora, ninguém se arrependeu, de ter assumido esta postura.

    Há, um só caminho, para nossa realização: o do Evangelho, ou seja, o das Bem-aventuranças. Palavra de Jesus. Não encontro alternativa para esta, pois, todas as outras, já, fracassaram. Algumas levaram aos vícios e às drogas, quando, não ao suicídio ou homicídio. É desastroso. A vida é bela de mais, por isso, deve ser vista como dom e missão. Assumidas.

    As bem-aventuranças. São 8. (Mt5,3-12). Elas abrem o discurso das condições de participação, no Reino de Deus. Para estar bem, com o mundo terreno, basta estar vivo e participar. Há festas, danças e banquetes. Mas nem para todos, pois, há os que morrem de fome, coisa que, constatamos todos os dias. Tudo passa nesta vida, até infância e a bela juventude. Às festas se vai com alegria, mas, às vezes, se volta já meio triste ou até bêbado. Sou pessimista? Não. Já me tornei bastante realista, ao menos, assim penso. Já presenciei muitas coisas. Tenho, portanto, experiência adquirida.

    A Pátria lembra seus filhos, mais importantes, principalmente, seus heróis. Para conseguir sê-los, há condições. Exigências. Já visitei muitos mausoléus. Alguns, até, muito belos, mas guardam, apenas, os restos mortais. E a alma? Amigos: o tempo passa célere, mas a eternidade permanece para sempre. Seja a feliz, quanto a infeliz. Como preparamos nossa prestação de contas? Deus é sempre Pai, mas nós, que filhos somos?

    Posso sugerir, alguns nomes, como modelos? Penso que o deva. Então, vamos lá. Para as mulheres: Maria mãe de Jesus, Santa Terezinha Gianna Beretta Molla, Edith Stein etc… Para os homens: São Francisco de Assis, o homem do milênio, Santo Antônio de Pádua, Frei Galvão, São Benedito, Thomás Morus etc.

    Lembro para concluir a afirmação do Levítico “Sede Santos, porque Eu vosso Deus, sou Santo” (Lv.19,3).

     

    +Carmo João Rhoden, SCJ

    Bispo Emérito de Taubaté-SP

    Presidente da Pró Saúde.

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