21º Domingo Do Tempo Comum: Assunção de Nossa Senhora 21/08/2022

    Quando menino, Jesus acompanhava a Mãe. Depois, ela o seguia, como seu mestre. Hoje, estão juntos, para sempre, na glória do Pai. O que nós, ainda, esperamos, ela já o está gozando: a visão beatifica, de corpo e alma.

    A Igreja reconhece a importância de Maria, no processo salvífico, do qual ela participa, pela maternidade, dando à luz ao Messias, o Salvador. Hoje, Jesus a acolhe de corpo e alma, na casa do Pai. Nada mais justo e natural. No início, seu seio, (o de Maria) serviu de templo sagrado para o nascituro Salvador. Hoje, no entanto, esse corpo está definitivamente, junto do Salvador. Aquele corpo, que não conheceu o pecado, como o nosso, por que deveria sofrer as consequências do mesmo? Por ventura, não se fala, já, da assunção ao céu do profeta Elias, na Escritura? (2Reis1-11). Elias, de fato, foi grande. Maria é, todavia, certamente, muito mais importante: escolhida pelo Pai, para ser a Mãe do Filho, por obra do Espírito Santo. Basta meditar (Lc 1, 39-56).

    Nós somos Cristocentricamente Trinitários e Marianamente discípulos de Cristo e membros da Igreja. Por quê? Vejamos, como Isabel a saúda: “tu és bendita, entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre” (Lc 1,42). “Como pode vir, a mim a Mãe do meu Senhor”?(Lc 1,43). Acrescenta, ainda: “Bem-aventurada aquela que acreditou. Cumpriu-se o que lhe foi anunciado (Lc 1,45). A visita de Maria à Santa Isabel, tornou-se ocasião de alegria para João Batista e de felicidade para Isabel. Devo, porém, acrescentar, que a verdadeira causa, dessa alegria e felicidade, é o Messias nascituro, com sua presença divina, purificando seu precursor e fazendo-o exultar (Lc 1,41).

    Tendo sido, já, anunciada no Antigo Testamento (Is 9,5), escolhida pelo Pai, para ser a Mãe do Filho Jesus, é também a morada do Espírito Santo, porquanto por obra Dele, concebido. (o Messias). Não se tornou, assim, também, nossa pedagoga no seguimento do mestre? Nas bodas de Caná, não foi Ela que mandou obedecer a seu Filho, afirmando: “fazei tudo o que ELe vos disser” (Jo 2,5).  O próprio João Evangelista, não foi confiado por Cristo pendente da cruz, à Ela, dizendo, “eis aí tua Mãe” (Jo 19,25-27). João, hoje, não somos todos nós? Não devemos, por isso, levá-la também, para nossas casas, como João o fez? Levá-la não apenas, como imagem, mas como a própria Mãe do Salvador. Por isso, quem estiver perto de Dela, nunca estará longe de Cristo, nem do Evangelho, do qual foi a grande realizadora pela vivência. Jesus a chamava de Mãe, com plena razão. E nós? Não fomos, por ventura, confiados a ela também, como o foi João, pelo próprio Filho Jesus?

    Nós não idolatramos a Maria nem a endeusamos: a amamos, veneramos, pedindo sua interseção, junto ao Filho, para conseguirmos “fazer tudo o que mandar”. O Pai ordenou, ouvir Jesus Cristo (é imperativo!) (Mt 17,5). Maria também nas bodas de Caná  mandou obedecer-lhe. Nós, como agimos, então? 4.1 O Evangelho de hoje, não é crônica: procuremos por isso, analisá-lo e entendê-lo bem. As duas mulheres que ali aparecem, (Isabel e Maria) não parecem verdadeiras biblistas? Vejamos a riqueza das citações da Escritura… Por quê? Sem dúvidas, Lucas quis ensinar a importância que Maria, já, gozava na comunidade apostólica. É preciso constatá-lo: meditando o cântico do “Magnificat” de Maria. (Estudando-o) (Lc 1,46s).

    Assunção: nossa Mãe, Maria, está felicíssima junto à Santíssima Trindade. Intercede por nós e por nós espera. Nunca a decepcionemos.

    + Dom Carmo João Rhoden – SCJ

    Bispo Emérito de Taubaté –SP

    Presidente da Pró Saúde.

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