XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM

    “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18,22b)

    Na Liturgia do XXIV Domingo do Tempo Comum, somos convidados a refletir sobre o perdão, a qual Deus nos convida a viver este exercício diário em nossas vidas, ir além da nossa limitação para sabermos perdoar e ter compaixão como, assim, o próprio Deus faz.

    Na Primeira Leitura, extraída do Livro do Eclesiástico (Eclo 27,33-28,9), o autor sagrado nos aconselha sobre o exercício do perdão e, enfatiza, as consequências de quem tem compaixão ou não. “Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim, quando orares, teus pecados serão perdoados. Se alguém guarda raiva contra o outro, como poderá pedir a Deus a cura? Se não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão dos seus pecados?” (cf. Eclo 28,2-4). Afinal, a Leitura tem a intenção de nos lembrar que fomos criados para o Amor e não para o rancor. E que devemos pensar sempre na Aliança do Altíssimo para não falharmos com a falta alheia.

    O Salmista demonstra a bondade infinita de Deus. Embora os versos do Salmo (Sl 102,1-2.3-4.9-10.11-12 (R. 8)) reporte a misericórdia de Deus por nós, o autor quer nos lembrar que devemos viver esta mesma misericórdia com o próximo, afinal, “pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão” (cf. Sl 102, 3-4).

    Ora, a Segunda Leitura da Carta de São de Paulo aos Romanos (Rm 14,7-9), Paulo reforça a maneira de viver com e em misericórdia para com todos, afinal, pertencemos para o Senhor. E se pertencemos ao Senhor, que vivamos e morramos pertencendo ao Senhor.

    O Evangelho, extraído de Mateus (Mt 18, 21-35), traz a resposta da pergunta de Pedro: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” (cf. Mt 18,21b). E, Jesus, responde “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18,22b). Ora, Cristo não quis limitar em quantas vezes deve-se perdoar, mas sim que não há limites para o perdão, não há limites para a misericórdia quando o coração está aberto em receber o perdão e, principalmente, em dar o perdão. Por isto, o perdão de coração é a maior compaixão que se dá ao próximo, pois se Deus dá o exemplo, por que não fazermos o mesmo? E vale lembrar, que embora Deus seja misericordioso, Ele não esquece da Justiça, enfatizado na parábola que Jesus descreveu no Evangelho.

             Enfim, que possamos exercitar a misericórdia através do perdão, nos afastando de qualquer rancor e raiva para com aqueles que fizeram algum tipo de falta conosco.

    Saudações em Cristo!

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