XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

    “(…) pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá” (cf. Lc 11,9b-10).

    A Liturgia do Décimo Sétimo Domingo do Tempo Comum, nos insere no mistério da oração, vivendo um diálogo profundo com Deus e seus desdobramentos. É a através da oração (diálogo) que nos tornamos cada vez mais íntimos e, como consequência, temos a liberdade de interceder e pedir a Deus.

    A Primeira Leitura retirada do Livro do Gênesis (Gn 18,20-32), é demonstrado o diálogo entre Deus e Abraão, em que este último, através da oração (diálogo), intercede a Deus a misericórdia para as cidades de Sodoma e Gomorra. O diálogo (oração) é provido de respeito, atenção, ousadia e, principalmente, com amor. Ao entender os projetos de Deus, Abraão fez com esmero a intercessão pelas cidades que estavam perdidas no pecado, pois sabia que a intimidade com Deus o poderia ousar de pedir ao Senhor a misericórdia por aquele povo.

    O Evangelho de Lucas (Lc 11,1-13), os discípulos pedem a Jesus que os ensinem a rezar. Jesus apresenta a eles a base da nossa oração do dia a dia, O Pai-nosso: “Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação” (cf. Lc 11,2c-4). Ora, Jesus demonstra a seus discípulos a intimidade desta oração, afinal chamar Deus de Pai é o sinal mais íntimo de amor e proximidade, em que, o filho clama pelo Pai e, o Pai, aproxima-se e ouve o filho. “Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” (cf. Lc 11,9-13).

    E a Segunda Leitura extraída da Carta de São Paulo aos Colossenses (Cl 2,12-14), Paulo nos recorda que a Vida de Jesus e sua entrega em expiação de nossos pecados foi a mais perfeita das orações. Afinal, Cristo se esvaziou todo de si, trazendo à Vida para nós que estávamos mortos por causa do pecado. “Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz” (cf. Cl 2,14).

    Que através da graça da Liturgia deste Décimo Sétimo Domingo do Tempo Comum, possamos vivenciar cada vez mais uma vida de oração, voltado para a intimidade de Deus, ouvindo a voz Daquele que nos ama e intercedendo a graça para nossas vidas. E que possamos sempre ter a certeza: “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!” [cf. Sl 137(138), 3a].

    Saudações em Cristo!

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here