Viver a alegria do Batismo recebido!

             Neste ano a Festa do Batismo do Senhor será celebrada na segunda-feira, dia 09 de janeiro, quando somos convidados a participar da Missa por ser uma Festa de preceito. Contemplamos, assim, o Batismo do Senhor. Jesus é o Filho amado do Pai celeste. Ao celebrar esta festa queremos recordar o grande tesouro que nossos pais nos deram: a fé católica pelo batismo e relembramos, agradecidos, de rezar pelos nossos pais e padrinhos, além de manifestar a graça de Deus pelo nosso Batismo.

             Na primeira leitura – Isaías 42,1-4.6-7 – o profeta Isaías apresenta o Servo, que vai inspirar a missão do próprio Jesus.

    Nos Atos dos Apóstolos 10,34-38, aprendemos que Deus chama e acolhe a todos os que o temem e praticam a justiça.

    João Batista batizava como sinal de conversão dos pecados. Jesus, sem pecado, fazendo-se batizar por João, mostra a sua solidariedade para com os homens pecadores. Jesus, o justo, assume a nossa humanidade e a nossa condição pecadora para nos resgatar do pecado e da morte. Ele é o Filho Amado, pois cumpre toda a justiça, isto é, o que é do agrado de Deus. Jesus é revestido, também, do Espírito de Deus. Publicamente, é anunciado que o Filho é o Messias Servo – “Este é o meu Filho” – que cumpre a vontade do Pai do início até a Cruz.

             Tentado, Jesus não cai nas seduções do Diabo. Tentado a viver o messianismo de forma triunfalista, vaidosa e como alvo de privilégios e de poder, Jesus se apresenta aos discípulos como o Messias que dará a vida por todos na Cruz. Existem elementos vinculantes, correspondentes e relevantes entre a cena do Batismo e as narrativas da Transfiguração e do Calvário.

             No Batismo, a Voz celeste proclama a filiação divina de Jesus e a sua condição de Messias Servo; na Transfiguração, a Voz faz a mesma declaração, mas acrescenta: “Escutai-o”(Mt 17,7), pois Jesus ensina a justiça, o que é a vontade do Pai. No Calvário (Mt 27,51-54), Jesus “imergirá” na morte como  aqui nas águas, lá se resgatará o véu do templo, como aqui se rasga o céu, lá Ele dará a todos o Espírito que aqui recebe, lá Ele voltará ao Pai que o chama”, lá será proclamado Filho de Deus pelo irmão mais distante, como aqui é proclamado pelo Pai.

             Por isso, em Lc 3,15-16.21-22 contemplemos a cena do Batismo de Jesus é uma oportunidade para tomarmos consciência de nosso próprio Batismo. Não há distinção entre os que estão a serviço do bem, pois a missão é Cristo, e ele é mais forte do que nós, como lemos no Evangelho(Lc 3,12). Sua atuação é plena e eficaz, pois Ele age com a força do Espírito Santo, que vem do alto e confirma a missão(Lc 3,11). Ainda assim, Jesus dá um testemunho de humildade ao se deixar batizar por João Batista. Assim, compreendemos que o Batismo que recebemos faz de nós discípulos missionários, mas a missão é de Cristo. Colaboremos com Ele em sua obra de libertar a humanidade do mal, que a escraviza e aprisiona.

             Lembremos que com o Batismo o céu se abre, indicando uma harmonia entre céu e terra, cumprindo-se a profecia de que  das nuvens deveria chover o Salvador, o Espírito pousa como pomba sobre Jesus, lembrando que uma nova criação está em curso; a voz vinda do alto confirma que Jesus é o Filho amado do Pai e confirma a sua missão. Vivamos a alegria do Batismo recebido, lembrando que a voz do céu nos confirma que Jesus é o Filho de Deus. Se somos batizados em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, a nossa vida deve ser sempre de santidade, porque pelo batismo, apaga-se o pecado original e vivemos na graça de Deus!

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