Os que detêm o controle da massa humana, ou seja, senhores do poder, a elite dominante, construíram a era digital e a famigerada pós-modernidade que condiciona o ser humano a vida virtual, parcial, superficial, artificial e infernal. Eles criam o problema, divulgam-no e apresentam uma falsa solução do problema, ou apenas parte da solução. O esquema é a manipulação da vida humana, rasa, seca, vazia e sem sentido, sem esperança e sem Deus, ou com um falso “Deus”, numa fartura de espiritualismo de deuses. Contra todo esse pandemônio e suas ferramentas maquiavélicas, temos a vida em plenitude na dimensão monástica, eremítica e mística na graça, na verdade e no amor do bom Deus.
Desconstruímos todo esse poder de poluição sonora, poluição visual, de falação, de alienação, de futilidade e de escravidão na virtude do silêncio, da solidão, da oração e da escuta suave, sublime, mansa e deliciosa da palavra do Pai Celestial.
Três inimigos mortais que são camuflados e dissimulados: muito barulho, tagarelice demais e excesso de imagem, muitas delas escandalosas e imorais. Por detrás da sociedade violenta, pornográfica e tomada de vícios estão esses inimigos.
A vida monástica, eremítica e mística nos leva a uma vida profunda, abissal maturidade, conhecimento interior, caridade cristã e as beatitudes divinas. O que é fundamental, necessário, equilíbrio e qualidade de vida, física, psicológica e espiritual se encontram no contexto da ascese da espiritualidade cristã.
O sistema mundano trabalha terrivelmente na destruição da vida monástica, eremítica e mística. Penetra no campo religioso criando uma grande confusão com uma mistura de crenças profanas, com rituais sincretistas e misticismo espiritualista. Muitos caem nessa armadilha devido à falta do verdadeiro ensino da graça, da fé e do Evangelho de Cristo. Para veracidade dos fatos, da espiritualidade cristã ortodoxa e da ardente intimidade com Deus, é urgente o ensinamento sobre o deserto, o conhecimento dos Padres do Deserto, dos monges, dos eremitas e dos místicos dominados pela vocação da maravilhosa graça de Jesus de Nazaré.
Hoje mais do que nunca, necessitamos de forma radical do testemunho dos monges, dos eremitas e dos místicos em prol da chamada a uma vida com sentido em Deus para gozar a eternidade!