Uma lição do Evangelho para quem se preocupa demais com as coisas

Aqueles que constroem suas vidas sobre o medo não podem desfrutar de nada e colhem apenas o vazio

“Ouviam-no falar. E, como estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente…”

Lc 19,11

Estes versículos introdutórios encontrados no início do Evangelho de São Lucas captam uma atitude pessoal e comunitária que ainda emerge de tempos em tempos na vida de hoje: fazer muitas perguntas sobre o fim do mundo, mas perdendo de vista o presente mais imediato. E é precisamente por isso que Jesus conta a parábola dos talentos.

Toda a narrativa gira em torno da ausência de um homem de linhagem nobre que partiu para um país distante e ninguém sabe quando voltará. Nesse ínterim, ele confiou moedas de ouro (talentos) a seus servos. E o interessante é o relacionamento que eles constroem a partir desse ato de confiança.

Todos eles investem o dinheiro, exceto um. Ele está preocupado com a volta do mestre e com seu possível julgamento severo. Diz ele:

“Senhor, aqui tens teu dinheiro, que guardei embrulhado num lenço; pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.”

Lc 19, 20-21

Aqueles que constroem suas vidas sobre o medo não podem desfrutar de nada e colhem apenas o vazio. Não adianta se preocupar com situações hipotéticas que nos fazem fugir do presente e da realidade.

Precisamos nos perguntar como podemos fazer bom uso do tempo e das coisas que o Senhor nos deu hoje. Caso contrário, teremos o mesmo destino daquele servo que, pretendendo proteger o que tinha, na verdade perdeu tudo.

A vida só vale a pena se estivermos dispostos a correr riscos por algo grande. A mediocridade é banida do reino.

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