Um ano de paz

    “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”, disse Jesus (Lc 8, 19-21)

    Abrimos 2023 com a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, festa litúrgica instituída pelo Papa Pio XI em 1931, confirmando o Concílio de Éfeso, ocorrido em 431, quando se concluiu a verdade de fá da “maternidade divina de Maria”. É também nesta data que se contempla outras mensagens importantes, como a Oitava de Natal, a Circuncisão e Santíssimo Nome de Jesus Cristo e o Dia Mundial da Paz, comemoração instituída em 1967 pelo Papa Paulo VI, com sua mensagem para o mundo, diante do risco bélico motivado pela Guerra Fria. Assim, não podemos confundir autoria com o Dia Internacional da Paz, este criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1981.

    É com Maria que aprendemos a conservar a Palavra. “Naquele tempo, os pastores foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o Menino deitado na manjedoura. Vendo-o, contaram o que haviam ouvido sobre o Menino. Todos os que os ouviam ficavam admirados com o que os pastores lhes contavam. Maria, por sua vez, conservava todas essas coisas e as meditava em seu coração. Os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e concordavam com tudo o que lhes havia sido dito. Completados os oito dias da sua circuncisão, o Menino recebeu o nome de Jesus, como o anjo havia dito, antes de ser concebido no seio materno” (Lc 2,16-21).

    Maria, Mãe de Deus, já sabia que Jesus Cristo não era apenas seu Filho. Esse é uma das mais sublimes compreensões. Saber que o Filho gerado, veio até nós, por nós e por toda a humanidade. Um momento inspirador de doação, com o qual devemos sempre renovar.

    Embora tenhamos construído até aqui uma história marcada por diferentes motivos — os bons e os maus —, ainda temos imperfeições que fogem à nossa compreensão. Vivemos um tempo de mudanças, com uma pandemia ainda presente em nossas vidas. Vivemos um tempo de guerra entre povos, com mortes de milhares de inocentes, mães, pais e filhos. Um tempo de crise financeira global. Um tempo de avanço da miséria e de concentração de poder e renda. E é salutar entender que, na outra parte, resistimos por meio da fé. É a fé em Cristo que tem nos mantido unidos, uns pelos outros. É a fé em Deus que tem sustentado a bondade, a generosidade e a compaixão. Assim como Maria, Mãe de Deus, que tinha a compressão da missão de Jesus ante seu povo, também devemos aprender que a fé nos une — ou seja, é Jesus em nós.

    Temos neste 2023 grandes missões em favor da nossa humanidade. Mais do que o desejo sempre presente, devemos fazer a nossa parte, como cristãos, reagindo a quem promove o ódio, a quem decide pela exclusão, a quem impede a alegria, a saúde e o bem-estar; a quem usa o trabalho para explorar. Devemos reagir à concentração de poder, porque o poder único é só d’Ele. Porque Ele o faz por nós! Como cristãos, o grande passo em prol do mundo começa pequeno. Jesus Cristo mudou o mundo com passos pequenos. Podemos — e devemos — pacificar o nosso entorno, estender às mãos a quem precisa. Devemos zelar por nossas riquezas naturais, por nossa fauna e flora — não sujar já é um bom começo. Devemos, sempre, ser solidários, nos gestos, nas ações e na nossa fé em Cristo. Que tenhamos um 2023 de paz e harmonia. E que a fé em Jesus Cristo, o filho de Maria, siga viva em nós, para que possamos vencer as dificuldades.

    Saudações em Cristo!

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