Triste perda de fiés

    “Para mim a perda de fiéis está muito ligada à nossa incapacidade de criar comunidades vivazes e fraternas, cuja fé se manifeste nas celebrações” (1).

     

    Dr. Gianpaolo Salvini
    Padre Jesuíta, Economista e                                                                                                                     Conselheiro do Pontifício
    Conselho da Justiça e da Paz.

     

    O Império das Seitas e a indústria da pseudociência têm crescido com falsas promessas de felicidade e de salvação. Com fogo de palha, passa como se fosse avivamento, com o emocionalismo como se fosse renovação, catarse como se fosse conversão, autossugestão e condicionamento como se fossem cura e libertação e doutrinas heréticas como se fossem a doutrina de Cristo e dos apóstolos.
    Essas imitações grotescas e enganosas da fé ortodoxa, da verdadeira comunidade cristã, da salvação, da cura e da libertação, não impedem que multidões sigam o Império das Seitas e sejam ludibriados da mesma forma os consumidores da pseudociência, da autoajuda e do esoterismo da NOVA ERA.
    É urgente uma liderança verdadeiramente incendiada pelo poder do Espírito Santo para celebrar e pregar de forma viva, reavivada, renovada, eficaz e ortodoxa.
    Precisamos orar mais, amar mais a nossa comunidade, estudar mais, ter mais entusiasmo e alegria e viver uma espiritualidade para contaminar os outros com o amor de Deus e ser um combustão para libertação das almas.
    Diz o Padre Salvini: “Os leigos, portanto precisariam intervir com força nesse contexto, já que compõem mais de 99% dos católicos. Também lhes cabe manter viva a Igreja”.
    O Beatíssimo Padre Bento XVI exorta: “Onde o fogo de Deus é como o fogo das brasas que pede para ser reavivado. Só uma Igreja renovada pode renovar o mundo. Para além dos métodos tradicionais de pastoral, sempre válidos, a Igreja procura lançar mão de novos métodos, valendo-se também de o discípulo: aquele que com a luz da fé segue Jesus pelo caminho”. (2)
    Usar as brasas da profilaxia teológica para evitar católicos doentes: mornos (Ap 3,15.16) e perdas fiéis.
    Por amor a Cristo e Sua Igreja, temos a missão de proclamar de forma admirável e criativa a verdade libertadora da Boa Nova em prol da salvação das almas e do crescimento glorioso das nossas paróquias!

    Pe. Inácio José do Vale
    Professor de História da Igreja
    Instituto de Teologia Bento XVI
    Sociólogo em Ciência da Religião
    Email: pe.inacio.jose@gmail.com 

    Notas:
    (1) Veja – 06/03/2013 – p. 19
    (2) L’osservatore Romano – 03/11/2012 – pp. 12 e 13