Celebramos o 6º Domingo do Tempo Comum, o último antes do início do tempo quaresmal. Na próxima quarta-feira, com a celebração de cinzas, daremos início ao período quaresmal. Por enquanto, acompanhamos Jesus em sua vida pública anunciando o Reino de Deus e realizando curas e milagres e chamando colaboradores para cooperar em sua missão.
Durante o tempo da Quaresma, acompanhamos Jesus sendo tentado no deserto, se transfigurando diante dos discípulos e se aproximando de sua paixão e morte. É um tempo em que paramos para que, por meio da Penitência, oração e vigilância, nos aproximarmos mais de Deus. Após a Quaresma e a Páscoa, continuaremos com o Tempo Comum.
Neste 6º domingo do tempo comum, último antes da quaresma, Jesus nos revela a face misericordiosa de Deus, Ele nos revela a intimidade de Deus e revela o Seu grande amor por nós. Ele vem, sobretudo, ao encontro dos doentes, marginalizados e pecadores. Coloquemos nessa celebração, diante do altar do Senhor, todos os doentes da nossa família e todos os nossos amigos, lembremos também de todas as vítimas da Covid-19 e seus familiares, para que o Deus de toda a consolação venha ao seu encontro.
Abramos o nosso coração para escutar o que Deus tem a falar para nós nesse Domingo, e que possamos sempre crer que Deus vem nos curar de todas as enfermidades e nos libertar de todo o pecado.
A Primeira Leitura (Lv 13,1-2.44-46), compõe o conjunto de livros chamados do Pentateuco, que são os livros da lei de Deus e que orientava o povo de Israel em sua relação com Deus e com o próximo. No trecho de hoje, Deus diz que quem estiver com os sintomas da lepra deve-se apresentar a Moisés ou a Aarão ou a um de seus filhos. Quem estiver com a lepra, deverá ficar isolado e fora do acampamento. Nessa época quem era acometido pela lepra era considerado impuro, somente depois no Novo Testamento, Jesus muda o comportamento, mas nessa época era assim que pensavam. Situação semelhante vivemos hoje devido à pandemia da Covid-19. Muitas pessoas que contraem o vírus têm que ficar isoladas, até mesmo em sua própria casa, para não transmitir o vírus. Que tudo isso possa passar logo e nenhuma doença possa nos privar de encontrar o nosso próximo e viver no meio da sociedade. No diretório de liturgia consta também uma leitura opcional para hoje (2Rs 5, 9-14).
O Salmo Responsorial 31(32), nos diz que o Senhor é nosso refúgio e segurança, nos momentos de dor e sofrimento é N’Ele que podemos confiar. Todos podem nos abandonar, menos Deus.
A Segunda Leitura (1Cor 10,31-33.11,1), é a continuação do que estamos acompanhando há alguns domingos. O apóstolo diz que tudo o que fazemos é para a glória de Deus. Não importa o que aconteça conosco, sejam coisas boas ou não tão boas assim, é porque Deus quis e devemos ser gratos a Ele. Na nossa vida, devemos procurar agradar a todos, assim como diz o apóstolo.
O Evangelho (Mc 1,40-45), demonstrando a nova atitude com relação à primeira leitura, um leproso se apresenta a Jesus e diz: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Jesus se enche de compaixão, estende a mão sobre o leproso e diz: “Eu quero, fica curado”. No mesmo instante, a lepra desapareceu e ele ficou curado. Jesus a cura e permite que essa pessoa volte ao convívio social. Jesus traz a pessoa de volta para o meio social e ele não olha a doença, mas sim, enxerga a pessoa.
Jesus recomenda que ele se apresente ao sacerdote como agradecimento de sua purificação, fazendo aquilo que Moisés ordenou no Antigo Testamento, como era prescrição que consta na primeira leitura escolhida dentre as duas possibilidades de hoje. Mas o homem espalhou o fato e a fama de Jesus percorreu toda a redondeza e Jesus não podia mais andar sozinho, ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.
Celebremos com alegria esse 6º Domingo do Tempo Comum e peçamos ao Senhor que cure todas as nossas enfermidades e as enfermidades de todos os nossos parentes e amigos. Que nenhuma doença nos impeça de servir ao Senhor e aos nossos irmãos.
Peçamos ao Senhor que a vacina imunizante contra a Covid-19 possa logo chegar a todas as pessoas e tenhamos menos mortes e menos casos dessa doença tão terrível que acaba por isolar as pessoas em suas casas. E que o Senhor nos livre de outros males que possam nos acometer, como a inveja, o egoísmo e a maldade do coração humano.
Confiemos sempre na misericórdia do Senhor por cada um de nós e nos preparemos alegremente para celebrarmos o tempo quaresmal. Que possamos morrer para o pecado e ressuscitarmos para uma vida nova.
Que Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos doentes, celebrada no dia 11, nos ajude a ser testemunhas do Ressuscitado e que nunca nos faltem a coragem e a saúde necessárias para o apostolado em favor da vida e da esperança!
