Texto iluminador: “e vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que Eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” Mt 16, 13-15.
1- “Quem dizem os homens de ser o filho do Homem?” Geralmente, são os homens que perguntam, “mas afinal de contas, quem é Jesus Cristo? Infelizmente, nem sempre, esperam pela resposta. Agora, ao invés, é Cristo quem perguntou aos apóstolos, o que eles pensavam Dele… não que Ele não o soubesse. Sabia-no parcialmente. Por isso, era preciso, iluminar lhes a mente, aquecer seus corações e inspirar-lhes plena confiança. De fato, eles respondendo, mostraram ainda insegurança, mesmo que responder, o que outros pensam, não seja tão difícil e talvez nem comprometa. Os Apóstolos, mesmo ainda, não tendo clareza, já colocaram Jesus, entre os grandes personagens, da história da salvação. Mas isso, não bastou para Jesus.
2- “E vós, quem, dizeis que Eu sou”. Pedro então, divinamente inspirado, respondeu: “Tu és o Cristo o Filho de Deus vivo”. Pedro, então respondeu corretamente, uma vez que falava iluminado pela graça do Espírito Santo. De fato, Jesus o vinha preparando, para a futura missão quando então, uma vez mais, lhe perguntou definitivamente: “Pedro, tu me amas mais, que estes?” (Jo 21, 15). Jesus então acrescentou “apascenta o meu rebanho, meus cordeiros e minhas ovelhas”. O que Pedro falou, com palavras, mais tarde, comprovaria com atitudes, morrendo crucificado, como o Mestre. Aprendera. Aliás, nem se achou digno de ser crucificado, tal qual o mestre. Quis ser pregado na cruz, de cabeça para baixo selando assim definitivamente, sua solene profissão de fé.
3- E Jesus, então, lhe respondeu: “e tu és Pedro e sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja”. (Mt 16,18). A fé Petrina foi a rocha, sobre a qual, edificaria Sua Igreja pois, a rocha mesmo, sempre, foi e será Jesus Cristo, como afirma São Paulo. (1Cor 3,11).
Os apóstolos formaram a primeira Igreja- a de Jerusalém. Assumiram a missão que Jesus, lhes confiara. Todos, exceto João, selaram seu juramento, derramando seu sangue pelo martírio. João não foi martirizado, mas não deixou de ter, uma vida de mártir. A Igreja, portanto, começou muito bem.
4- E Jesus prometeu ainda mais a Pedro: “dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o que ligares na terra, será ligado no céu; e o que desligardes, na terra será desligado no céu, (Mt 16, 19). Assim, Jesus avalizava no céu, o que Pedro e os apóstolos sacramentariam na terra. A Igreja é, pois, divina, porque é obra de Deus (do Pai, do Filho e do Espírito Santo). Procede da nova e definitiva aliança, como, outrora, o povo de Israel tinha origem do antigo pacto. A Igreja é, portanto, Santa, porque resulta do sangue de Cristo e da vinda do Espírito Santo, mas também, pecadora em seus membros: nós, homens e mulheres. Ela, já, sofreu muito e certamente mais sofrimento a espera. No entanto, continuará invicta “pois as forças do inferno, não prevalecerão contra ela”. (Mt 16, 18.)
5 – Não sejamos, pois, tímidos nem medrosos. A vontade do Salvador e suas palavras serão invencíveis. “Tudo que ligardes ou desligardes na terra, será ligado ou desligado também nos céus” (Cf. Mt 16,19.)