Solenidade de São Pedro e São Paulo

    “De todos os temores, me livrou o Senhor Deus” (Sl 33/34)

    Celebramos neste Domingo a Solenidade de São Pedro e São Paulo, que são as duas colunas da Igreja. Essa solenidade conclui as diversas comemorações de santos que temos ao longo desse mês: Santo Antônio dia 13 e São João Batista dia 24. Devido ao grau de importância que tem essa solenidade ela ocupa o domingo, dia do Senhor, pois Pedro é o primeiro Papa da Igreja e Paulo o apóstolo dos gentios. Ela foi transferida do dia 29, para o dia 30 de junho por razões pastorais.

    Nessa solenidade comemoramos o dia do Papa, por Pedro ser o primeiro Papa da Igreja e cada fiel é convidado a rezar pelo Papa nessa celebração. Além de rezar pelo Papa somos convidados a fazer a nossa contribuição através do Óbolo de São Pedro, ou seja, realizar uma oferta em dinheiro para ajudar na missão do Papa e da Igreja. A oferta que faremos no ofertório da missa de hoje será destinada diretamente ao Santo Padre, como nosso presente, por isso, ofertemos com generosidade nesse final de semana.

    Rezemos nessa celebração pela Igreja de um modo geral, para que possa continuar levando adiante a mensagem de Jesus Cristo. Continuemos rezando pelas vocações sacerdotais e religiosas, pois a messe é grande e os operários são poucos. Rezemos pela perseverança daqueles que são chamados e que possam nutrir em seu coração os mesmos sentimentos de Cristo.

    Essa celebração de hoje encerra o mês de junho, mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e santificação do clero. A partir de amanhã iniciaremos um novo mês, que seja um mês abençoado para todos nós e sempre rezando uns pelos outros. E nos unamos ao Papa Francisco e rezemos por todos os enfermos e pela pastoral da saúde. No dia 14 de julho recordaremos São Camilo protetor dos enfermos.

    A primeira leitura da missa deste Domingo é do livro dos Atos dos Apóstolos (At 12,1-11), esse trecho do livro de Atos dos Apóstolos fala da perseguição de Herodes contra os membros da Igreja. Infelizmente, até os dias de hoje essa perseguição contra os membros da Igreja continua em muitos lugares. Peçamos a Deus a perseverança e que o Espírito Santo fortaleça a fé daqueles que são perseguidos, e como sempre foi ao longo da história que o Espírito Santo continue vivificando a Igreja e a mantendo de pé.

    Neste episódio observamos o Espírito Santo agindo na vida de Pedro que após Herodes mandar prendê-lo e estando prestes a ser apresentado ao povo para que, logo após, fosse conduzido ao martírio, Deus envia o Anjo que toca no obro de Pedro, o acorda e pede para que ele levante depressa. Nesse momento, as correntes caem de suas mãos e se soltam de seus pés, ele calça as sandálias e veste as calças e o cinto. O Anjo o conduziu para fora da prisão até chegarem na rua. Pedro cai em si e percebe que, de fato, Deus enviou um anjo para tirá-lo da prisão e das mãos de Herodes.

    Observamos ainda nesta que leitura que todos os membros da Igreja rezavam continuamente por Pedro, com certeza através da força da oração, Deus ouviu o clamor e libertou Pedro da prisão. Por isso, até os dias de hoje somos convidados a rezar pelo Papa para que a sua missão como sucessor de Pedro seja frutífera e o Senhor esteja sempre com Ele.

    O salmo responsorial é o 33 (34), que diz em seu refrão: “De todos os temores, me livrou o Senhor Deus”, o Senhor está sempre conosco e nos livra de todos os males. Se pedirmos com fé e confiança nenhum mal nos atingirá. É o que aconteceu com Pedro na primeira leitura e com Paulo ao longo de sua missão. Até em sua conversão, Deus agiu na hora certa na vida de Paulo e ele de perseguidor se torna seguidor de Cristo. Deus age na hora certa em nossa vida, basta ter fé e acreditar.

    A segunda leitura desta solenidade é da segunda carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 4,6-8.17-18), nesse trecho Paulo se encontra na prisão, próximo de sofrer o martírio e ele envia a carta para aquele que seria o seu sucessor que era Timóteo. Paulo diz que após um longo caminho, por ter combatido o bom combate e guardado a fé está reservado para ele a coroa da justiça, o prêmio eterno, que é habitar para sempre ao lado de Deus.

    Paulo ainda diz que não somente para ele, mas para todos aqueles viveram a justiça e a fé está reservado o reino eterno. Ao Senhor, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém.

    O Evangelho desta festa é de Mateus (Mt 16,13-19): nesse trecho do Evangelho Jesus quer saber dos discípulos o que os homens dizem a seu respeito. Na verdade, Ele já sabia o que diziam a seu respeito, mas esperava uma resposta diferente dos discípulos. Eles apenas respondem para Jesus o que os homens dizem a seu respeito. Por isso, Ele indaga os discípulos: “E vós quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,15).

    Pedro, responde de prontidão: “Tu és o Messias, o filho do Deus vivo”, e Jesus lhe responde: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16, 17-19).

    Essa é a resposta que Jesus espera de todos os discípulos, ou seja, Ele não queria que os discípulos replicassem aquilo que os homens diziam, pois Ele já sabia, e o que os homens diziam era com base nos pensamentos humanos. A resposta de Pedro é com base na revelação divina, e por isso, Jesus entrega as chaves do reino dos céus para Pedro e lhe confia a Igreja.

    Que a exemplo de Pedro possamos reconhecer que Jesus é o filho de Deus que devia vir ao mundo. Essa resposta daremos a partir do momento que criarmos intimidade com o Senhor por meio da oração diária. Ao reconhecer primeiramente em nós que Jesus é o filho de Deus podemos anunciar as outras pessoas que encontrarmos que Ele é o único caminho e dessa forma a Igreja de Cristo vai crescendo e edificando.

    Celebremos com alegria esta solenidade de São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, e nos unamos em oração pelo Papa Francisco e pela Igreja, para que possa continuar edificando aqui na terra o Reino de Deus. Amém.

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