“A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas só um Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”. As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, O Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza”. “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (Catecismo §253).
A Solenidade Da Santíssima Trindade nos leva a refletir e contemplar além do mistério por detrás de “um Deus em três pessoas”, mas compreender, contemplar e inspirar o que é o amor, a vivência em comunidade e o transbordar desta comunidade de amor que criou a humanidade e fê-los comungar do mistério de amor.
A Primeira Leitura retirada do Livro do Deuteronômio (Dt 4,32-34.39-40), Deus revela-se como o Deus empenhado em estabelecer um elo e comunhão com o Seu Povo. É Ele que vai ao encontro dos homens, mostrando a todo momento como O Vivente, intervindo para libertação que o Seu Povo vive em meio as opressões e escravidão – “Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?” (cf. Dt 4,34) – portanto, o reconhecimento deste amor infinito de Deus pelos seus é a chave para a perfeita comunhão e compreensão dos planos do Altíssimo. Assim, “guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre” (cf. Dt 4,40).
O Evangelho de São Mateus (Mt 28,16-20), Jesus convida seus discípulos a se vincular com a Comunidade Trinitária, afinal ao aderir ao serem batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (cf. Mt 28,19), todos recebemos a missão em testemunhar todos os Ensinamentos dados do Alto para difundir sobre o mundo, apresentando a todos, homens e mulheres, sem distinção ou exceção, em convite a integrar esta Comunidade Trina de Amor.
A Segunda Leitura retirada da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 8,14-17), Paulo afirma que a partir do momento que nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo de Deus – o Libertador – saímos da condição de escravos, de nossos próprios pecados, para entrarmos na adoção filial de Deus, a qual podemos clamar: Abá – ó Pai! Ressignificando o ser discípulo, pois “se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele”(cf. Rm 8,17).
Que ao celebrarmos a Solenidade da Santíssima Trindade, não deixemos de buscar a perfeita comunidade de fé e o maior exemplo de amor perfeito. Pois, “Deus é amor! Não é um amor sentimental, emotivo, mas o amor do Pai que está na origem de qualquer vida, o amor do Filho que morre na cruz e ressuscita, o amor do Espírito que renova o homem e o mundo” (Papa Francisco).
Saudações em Cristo!
