Com profundo pesar, mas na certeza da “comprovação do amor do Senhor para conosco, e que para sempre ele é fiel” (Sl 116) – como rezamos no Salmo responsorial deste 21º Domingo do Tempo Comum –, comunicamos a Páscoa do Reverendíssimo Monsenhor Luiz Artur Marques de Barros Falcão.
Até então pároco da Paróquia São Pedro do Mar, no Recreio dos Bandeirantes, ele foi ao encontro do Senhor – a nossa esperança que tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado –, na noite de sábado, 23 de agosto, aos 65 anos e 34 anos de sacerdócio.
O corpo, quando for liberado pelos processos burocráticos, deverá chegar por volta das 16h na Paróquia São Pedro do Mar, onde será velado, com missas de duas em duas horas. Já estão agendadas para este domingo as 17 e as 19 horas, podendo acrescentar outras, e na segunda-feira, dia 25 de agosto, a serem presididas por padre Renato Teixeira, às 6h30, padre Alan Dias de Oliveira, às 8h, Dom Nelson Francelino Ferreira, às 9h30, monsenhor Givanildo Luiz de Andrade e outros (ordenados juntos), às 11h, e padre André Vilar, às 12h30.
A missa de exéquias será presidida por mim às 14h, seguida de sepultamento na quadra dos padres da Irmandade de São Pedro, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
Agradecemos a Deus pela vida, vocação e ministério de monsenhor Luiz Falcão nesta arquidiocese, onde nasceu, se formou e serviu com zelo e dedicação. Ele exerceu ofícios arquidiocesanos, foi pároco em paróquias instaladas nos vicariatos Suburbano, Jacarepaguá e também no Oeste, onde foi vigário episcopal.
Quando celebrou 30 anos de sacerdócio, em 2021, deixou publicado em entrevista: “Se eu tivesse que começar agora, eu começaria tudo de novo do mesmo jeito, principalmente viver intensamente a minha vida pastoral. Se por acaso faltou alguma coisa por onde eu passei e eu pudesse voltar atrás e dar continuidade àquele ou a outro processo que deixei de cumprir, eu gostaria. Espero que também para o povo, para os lugares que eu passei e as pessoas que conheci também tenha sido fecundo.”
Confiamos à misericórdia de Deus o nosso irmão, que durante sua vida serviu fielmente ao altar, à Palavra e ao povo de Deus. Que o Senhor, a quem ele anunciou e celebrou nos sacramentos, o acolha na liturgia eterna do Céu. Cristo, Bom Pastor, o conduza às moradas eternas, e os anjos o recebam na Jerusalém celeste. Que repouse em paz, à espera da ressurreição prometida aos servos bons e fiéis. Descanse em paz. E que a luz perpétua o ilumine.
Unimo-nos em oração e solidariedade à família (deixou dois irmãos e duas irmãs), aos parentes, paroquianos e amigos de monsenhor Luiz Artur, expressando nosso abraço fraterno e nosso profundo pesar. Que, confortados pela fé na ressurreição e sustentados pela graça de Deus, encontrem consolo no mistério pascal de Cristo, que venceu a morte e nos abriu as portas da vida eterna. Que a esperança cristã seja luz neste momento de dor, e que a paz de Cristo ressuscitado reine em cada coração.
Filho de Paulo Neves de Barros Falcão e de Elza Marques Falcão (ambos falecidos), o menino Luiz Artur Marques nasceu no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 1961, originário da Paróquia Nossa Senhora da Lapa, em Senador Camará. Descendente de portugueses, seus avós chegaram ao Brasil no ano de 1889.
Monsenhor Luiz Artur fez o ensino fundamental na Escola Engenheiro Pires do Rio e no Ginásio Industrial Tomé de Souza, ambos em Senador Camará, de 1968 a 1977, e fez o ensino médio no Colégio Bangu, em Bangu, de 1978 a 1980.
Desde criança tinha o desejo de ser padre. Era engajado na vida pastoral de sua paróquia como coroinha e no grupo jovem. Aos 20 anos, deixou o trabalho e decidiu atender ao chamado do Senhor para o sacerdócio.
Em 1983 fez o GVA e, em 1984, entrou para o Seminário Arquidiocesano de São José, onde cursou Filosofia, na Faculdade Eclesiástica de Filosofia João Paulo II (1984-1985), e Teologia, no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro (1986-1989). Como seminarista, atuou em diversas paróquias ao longo de sua formação e foi, por alguns anos, cerimoniário de Dom Eugenio. Esteve presente na inauguração da Rádio Catedral, em 8 de dezembro de 1992.
Após ser ordenado diácono, em 23 de abril de 1989, por Dom José Carlos de Lima Vaz, exerceu o ministério nas paróquias São Judas Tadeu, no Cosme Velho, nomeado em junho de 1989, São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Realengo, nomeado em dezembro de 1989, Ressurreição, em Copacabana, nomeado em agosto de 1990.
Recebeu a ordenação sacerdotal no dia 10 de agosto de 1991, pelo Cardeal Eugenio de Araújo Sales, na Catedral de São Sebastião, no Centro.
Ordenado sacerdote, iniciou seu ministério como vigário paroquial na Paróquia São Jerônimo, em Coelho Neto, nomeado em agosto de 1991, depois como pároco, nomeado em julho de 1993, onde permaneceu por 16 anos.
Em abril de 2007 foi nomeado por Dom Eusébio Oscar Scheid como vigário episcopal do Vicariato Oeste, que contemplava também as regiões de Deodoro a Sepetiba. Na mesma época, foi designado para trabalhar na Paróquia Divino Espírito Santo, em Realengo, local onde ficou por dois anos.
Já no meu governo, foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Realengo, nomeado em julho de 2009, e, por último, pároco da Paróquia São Pedro do Mar, no Recreio dos Bandeirantes, nomeado em 21 de dezembro de 2020, com posse no dia 2 de janeiro de 2021.
Dos 12 anos em que foi vigário episcopal do Vicariato Oeste, 10 anos foram no meu governo, onde trabalhou pela criação de dez novas paróquias e também para dilatar o vicariato, que, por razões pastorais, teve que ser multiplicado para melhor atendimento do povo de Deus.
Também exerceu os ofícios de vigário forâneo da 1ª Forania do Vicariato Episcopal Suburbano, nomeado em 1993 e 2000, membro do Conselho Presbiteral, nomeado em junho de 1995, membro do Colégio de Consultores, nomeado em junho de 1995, e vigário forâneo da 2ª Forania do Vicariato Episcopal Suburbano, nomeado em março de 2007.
Diante do mistério da morte, que em Cristo se transforma em passagem para a vida eterna, elevamos nossa gratidão a Deus pela vida e vocação de monsenhor Luiz Artur Falcão. Seu testemunho sacerdotal, marcado pelo zelo pastoral, pela fidelidade à Igreja e pelo amor ao povo de Deus, permanece como semente fecunda nos corações de tantos que com ele conviveram e foram por ele conduzidos ao Senhor. Que agora, na liturgia celeste, ele participe do eterno louvor à Trindade Santa, intercedendo por nós e por toda a Arquidiocese que tanto amou e serviu.