Sequestro na ponte Rio-Niterói: a violência não é de Deus, afirma Dom José

Uma nota de solidariedade da Igreja pelo sofrimento dos reféns do sequestro desta terça-feira (20) foi divulgada pelo arcebispo Dom José Francisco Rezende Dias: pedimos a proteção de Deus “nesses tempos difíceis de violência e, também, pedimos que nos ajude a ser testemunhas da paz, pois, a violência não é de Deus!”.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

O arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias, divulgou ainda na terça-feira (20) uma nota de solidariedade pelo “lamentável e triste fato que impactou todos cidadãos de bem, em sua maioria trabalhadores”. Um homem sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói, na manhã de terça, que partiu do município de São Gonçalo em direção ao Rio de Janeiro, e manteve 39 reféns durante três horas e meia. O criminoso foi baleado e morto por um atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os passageiros saíram ilesos.

Comunhão e solidariedade da Igreja

No comunicado, Dom José manifestou comunhão e solidariedade pelo sofrimento dos “passageiros que ficaram como reféns, bem como a oração pelo descanso eterno do sequestrador. Em momentos trágicos como esse”, acrescentou o prelado, é importante buscar “o refúgio em Deus pela oração e invocar a sua misericórdia. Confiando no Deus misericordioso, que se abaixa diante da nossa miséria, pedimos a sua proteção nesses tempos difíceis de violência e, também, pedimos que nos ajude a ser testemunhas da paz, pois, a violência não é de Deus!”. E acrescentou que Deus é “da Vida e da Paz! Com palavras e gestos, Jesus anunciou o Reino de Deus, posicionou-se com firmeza diante de pessoas e estruturas marcadas pela violência e, por isso, sofreu a morte de cruz. Dando a sua vida livremente, denunciou tudo e todos que promovem a morte. Cremos que o Pai deu a Ele a vitória. E Ele, o Senhor da Paz, nos deu o dom maior de sua ressurreição: o Espírito Santo que gera vida nos corações e no mundo”.

No texto, o arcebispo ainda exortou: “temos consciência de que todos nós, autoridades e povo, somos responsáveis pela construção da paz! Os instrumentos da violência e da morte devem ser transformados em instrumentos de melhores condições de vida para todos”. Dom José finalizou a nota convidando todos a seguir em direção à luz de Deus “para que Ele nos mostre seus caminhos, e possamos caminhar em suas veredas” (cf. Is 2,1-5).

“ Confiando no Deus misericordioso, que se abaixa diante da nossa miséria, pedimos a sua proteção nesses tempos difíceis de violência e, também, pedimos que nos ajude a ser testemunhas da paz, pois, a violência não é de Deus! ”

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