Semana Nacional da Vida

    Aa Igreja no Brasil celebra, de 1º a 7 de outubro, a Semana Nacional da Vida e, em 8 de outubro, o Dia do Nascituro. A Igreja preserva e luta em defesa da vida desde a concepção do feto até o fim natural. Preserva e cuida de todo o tipo de vida e também durante a vida com a questão da dignidade humana, social, sanitária.

     A vida é um dom que Deus nos concede e devemos proteger e cuidar dela — seja a vida do nosso próximo e até mesmo a nossa própria vida. Neste ano temos como tema desta semana – Vida: dom e compromisso, em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade de 2020.

    Lembramos recentemente o mês do “Setembro Amarelo”, um período de ajuda e proteção às pessoas que, por algum problema do passando, pensaram em suicídio. Foi um alerta para que nós pudéssemos atuar para preservar e cuidar dessas vidas, procurando ajuda-las a tirar esse pensamento de suas mentes.

    Quantos conhecidos nossos, que estão em nosso ambiente de convívio diário, não passaram por essa situação pensando em sua própria vida? Cabe a nós ajudarmos com uma palavra amiga e de conforto. Por meio da Palavra de Deus, anima-los e encoraja-los a viver novamente, renunciando a qualquer manifestação de morte ou mesmo de suicídio, reencontrando o valor de estar vivo. A vida humana sempre em primeiro lugar! Pois, se Deus nos deu a vida, somente Ele a pode pedir de volta.

    Muitas pessoas, hoje em dia, são violentadas de diversas formas e feridas em sua dignidade de seres humanos. Pessoas que são “jogadas” nas ruas e excluídas pela sociedade, que pouco se importa. Isso, também, é uma forma de não preservar e não cuidar da vida do próximo, pois essas pessoas vão “morrendo” aos poucos nas “sarjetas” de nossas ruas e avenidas.

    A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 durante a 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Dia do Nascituro, celebrado em 8 de outubro, é dedicado às crianças gestadas no ventre de suas mães e que têm o direito a nascer. A data nos recorda o cuidado com a vida, com a saúde e com a alimentação e o respeito a um nascimento sadio. Ou seja, todos têm o direito de nascer e, consequentemente, nascer com toda a segurança e cuidado que um “parto” requer.

    O cuidado que se deve ter com um recém-nascido é muito importante. O primeiro contato com a mãe, a amamentação e, sobretudo, o respeito com aquela vida que acabara de chegar. Toda criança recém-nascida deve ter direito ao “leite materno”, que é a principal fonte de alimento para a criança, devendo-se olhar com carinho para essa situação. Pois a amamentação com o “leite materno” ajudará no crescimento e no desenvolvimento da criança.

    O objetivo central da Semana Nacional da Vida é suscitar a consciência das pessoas para que preservem o sentido e o valor da vida humana em todos os momentos. Devemos conscientizar as pessoas, sobretudo os casais jovens, para que não tenham medo de realizar a plenitude do matrimônio com o advento dos filhos, coroando o sacramento do matrimônio.

    Neste ano, o tema da Semana Nacional da Vida retoma a Campanha da Fraternidade: “Vida: dom e compromisso”. Inspirados na Campanha da Fraternidade, somos convidados a viver cada dia dessa semana a levar esperança e fé aos que se encontram desanimados ou até com pensamento suicida. Essas pessoas precisam preservar suas vidas, estando perto daquelas mães que estão próximas de dar à luz, para que tenham consciência do dever que vão assumir com o nascimento da criança.

    Temos, na Igreja, uma pastoral que faz um trabalho muito bonito, com méritos reconhecidos internacionalmente, cuidando e acompanhando as mães e as crianças desde o nascimento até os sete anos de idade. Essa é a Pastoral da Criança, idealizada pela saudosa médica Dra. Zilda Arns, que acompanha todo o desenvolvimento das crianças, ajudando suas famílias com o que pode — oferecendo subsídios para que as crianças possam crescer num lar cristão e sadio.

    A Igreja acompanha todas as fases da vida de cada pessoa, desde o nascimento — como foi mencionado com a Pastoral da Criança — às outras fases do desenvolvimento. A criança, uma vez que está na Igreja, se engaja nas pastorais, faz a primeira Eucaristia e recebe o sacramento da Crisma. Depois de adulta, caminha na vida eclesial culminando com a Pastoral da Pessoa Idosa, que tantos benefícios têm empreendido nas paróquias.

    Portanto, a vida é um dom precioso de Deus e muito importante para a Igreja, que zela e cuida de todas as pessoas e luta contra qualquer tipo de violência capaz de ferir o corpo e a alma de cada pessoa humana. Na Igreja, a vida é acolhida desde o nascimento até a hora da morte natural. Recentemente a igreja publicou um documento sobre a eutanásia recordando o valor da vida até o final natural.

    Celebremos com alegria e com a consciência de que toda a vida é importante aos olhos de Deus. A Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro, no próximo dia 8, propõem uma reflexão sobre a defesa de toda a violência, sobre o cuidado em preservar a nossa própria vida, não deixando que ela se corrompa em algum pecado.

    Cuidemos de preservar a vida de todo o mal e lembremos que somos preciosos aos olhos de Deus. Na Semana Nacional da Vida, somos chamados a conviver com disposição de partilhar — levando cuidado, acolhimento, fé e esperança para aqueles que, por vezes, estão em sofrimento. Para que não desistam de suas vidas, porque os filhos de Deus caminham para a salvação.

    Que a Virgem Maria, Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, interceda por nós nestes difíceis tempos e nos ajude a nos manter sempre dispostos a vencer toda e qualquer dificuldade para seguir a vida que Deus nos deu. Que Deus abençoe a todos os que lutam por uma vida conforme a vontade de Deus: “Eu vim para que todos tenham e tenham vida em abundância!”(Jo 10,10)

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