Segundo domingo da quaresma

    “Jesus se transfigurou: se rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes.” (Cf. Mt 17,2)
    Jesus é o novo Moisés que nos conduz à libertação.

    Os personagens mencionados, Moisés e Elias – o primeiro representa a Lei e o segundo, os Profetas – são a encarnação, ou melhor, a síntese do Antigo Testamento. Com isso, o Evangelista Mateus(Cf. Mt 17,1-9) quer dizer que Deus aprova, no seu desígnio de salvação, a paixão que Jesus enfrentará. Como novo Moisés, ele conduzirá seu povo à liberdade.

    A nuvem é símbolo da presença divina, como no Sinai, e a voz confirma a palavra de Jesus sobre sua paixão, morte e ressurreição, antes dita aos discípulos.

    A presença dos três discípulos quer nos revelar que eles fazem a experiência antecipada da glorificação de Jesus, que os encaminha rumo à maturidade da fé cristã.

    Este é o homem verdadeiro, Jesus, começo de uma nova humanidade, aquela que Deus tinha planejado desde o primeiro instante da criação. Uma humanidade enraizada em Deus, que não faz do prazer, da presunção, do poder ou da riqueza os critérios do seu sucesso ou progresso, que não se ilude, proclamando-se auto-suficiente, mas que deposita toda a sua confiança naquele que a criou e a ama como Filho

    A transfiguração de Jesus nos revela essa capacidade prodigiosa e magnífica do corpo humano que pode se tornar o rosto da Luz Eterna. Nosso corpo é o primeiro evangelho, pois é pela expressão do nosso rosto, por nossa abertura, nossa benevolência e nosso sorriso que deve passar o testemunho da Presença Divina.
    Não podemos nos transfigurar, como Jesus, mas podemos transformar cada dia de nossa vida fazendo com amor cada ato, por menor que seja. É preciso colocar amor em tudo o que fazemos.

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