Além de coisas do dia a dia, eles escreveram sobre o encontro com Deus e o progresso na vida espiritual
Alguns santos escreviam diários, nos quais registravam suas experiências com Deus.
Talvez a mais conhecida seja Santa Faustina Kowalska, cujo “Diário” conta a mensagem e a devoção à Divina Misericórdia.
Por outro lado, quiça a história menos conhecida seja a de Santa Gema Galgani, cujos escritos teriam sido temporariamente roubado pelo demônio. Os visitantes de Roma podem ver o documento real hoje, com marcas de queimadura e tudo mais.
Mas o que é comum a todos esses diários é que eles vão além das coisas da vida diária e se concentram na evolução do relacionamento do santo com Deus.
Santa Gemma Galgani
Perto do fim de sua curta vida na Toscana, Itália, Gemma Galgani carregou os estigmas, as feridas de Cristo. Ela teve experiências místicas, incluindo conversas com Jesus, Maria e seu anjo da guarda. Seu diretor espiritual a fez escrever um diário narrando essas experiências. O documento está exposto no Mosteiro dos Padres Passionistas, ao lado da Basílica dos Santos João e Paulo, em Roma. Os visitantes podem ver marcas de queimadura em algumas das páginas. O Pe. Cristiano Massimo Parisi disse ao Rome Reports que “dizem que este diário foi roubado de Gemma pelo diabo, que tentou queimá-lo”.
Santa Faustina Kowalksa
Faustina Kowalska recebeu revelações extraordinárias de Cristo quando era uma jovem freira em um convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, na Polônia, nos anos de 1930. Jesus pediu a Ir. Faustina que registrasse essas experiências. Ela as compilou em cadernos que ficaram conhecidas como o “Diário de Santa Maria Faustina Kowalska”.
São João XXIII
O santo que convocou o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII, manteve um diário praticamente durante toda a sua vida, começando aos 14 anos. Angelo Roncalli anotou pensamentos sobre seu próprio progresso espiritual em cadernos e pedaços de papel, que acabaram por ser recolhidos e publicado como “Diário de uma Alma”. “Essas notas não premeditadas, escritas à noite pela luz bruxuleante de uma lamparina a óleo, consistem em reminiscências de esforço ascético reconsiderado com tranquilidade”, escreveu o cardeal Loris Capovilla, secretário pessoal do Papa e editor do volume.
São João Paulo II
Como seu predecessor, o Papa São João Paulo II manteve diários. Recentemente publicada em inglês como In God’s Hands: The Spiritual Diaries of Pope John Paul II, a coleção cobre os anos 1962-2003. De particular interesse são as notas tiradas em retiros de que participou como papa.
Santas Perpétua e Felicidade
Um documento do início do século III foi considerado o diário da prisão de Vibia Perpétua, uma jovem que foi martirizada juntamente com Santa Felicidade e companheiros. Perpétua era “bem casada e recentemente se tornou mãe de um filho bebê, mas apesar de suas vantagens, ela se recusou a renegar sua fé quando foi presa com outros convertidos ao cristianismo”, diz a Oxford University Press
