E a nossa Vida Imortal Divina
O título com o qual denominamos a divindade é atribuído a Tertuliano (séc. III).
Não foi muito feliz com esse termo, escurecendo a grandiosidade e beleza que Cristo nos revelou sobre Deus, nunca antes assim conhecido. Seria tão significativo chamar este domingo de Dia do Deus de Jesus Cristo! Sintonizaria com a progressiva revelação de Deus ao mundo. À Abraão lhe foi revelado que Deus é Um e Único, contra o politeísmo das religiões, produtos da imaginação e desejos dos povos à procura de um ser superior ao qual invocar em suas necessidades e como resposta ao grande problema da vida: a morte.
Assim como na Bíblia aparece frequentemente: “O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” para identificar o verdadeiro Deus da fé antes de Cristo, teríamos que chamar a esse Deus revelado até o fim dos tempos: O Deus de Jesus Cristo. Pai, Filho e Espírito Santo. Boa parte do povo cristão identifica a Santíssima Trindade como uma santa a mais, ainda que seja “santíssima”, como a Virgem é também atribuído esse superlativo.
QUEM É DEUS?
Na filosofia chamamos “entes metafísicos”, isto é, realidades além do físico e experimentável, por isso racionalmente impossível de conhecer ou representar, a Deus (ser em si), Mundo (ser das coisas) e Alma (vida). Tudo quanto possamos dizer dessas realidades transcendentes são apenas ideias ou conceitos convenientes para tornar mais lúcida nossa existência e a realidade na qual ela se desenvolve.
O filósofo, um escravo romano, Epicteto (sec. II) dizia: “Se sabes quem é Deus, você é Deus ou Deus não existe”. Aristóteles (séc. IV a.C) o definia como “pensamento do pensamento”, vivendo solitário e feliz no Céu sem qualquer relação com o mundo.
De outra maneira, Santo Anselmo (Séc. XI), fazia eco a Aristóteles dizendo: “Deus é aquele do qual maior não podemos pensar” .
Santo Ignácio de Loyola corrige essa definição: “Deus é sempre maior”, do que O podemos pensar. Por isso, Santo Ambrósio (séc. IV) suspendeu sua razão e pensamento sobre Deus, reconhecendo seu Mistério diante do qual só cabe a adoração. “Eu não vos compreendo, dizia, por isso vos adoro”. A Deus só podemos ver de joelhos. O grande teólogo americano Tillich de nossos tempos, afirma que Deus é “nossa última preocupação” (The last concern) não porque seja a última coisa que nos deve preocupar, se não porquê atrás de toda preocupação, maneira como experimentamos a vida, está Deus. É a Ele que buscamos e do qual precisamos para dar sentido à nossa existência. Eu costumo definir Deus como minha necessidade.
No ano 1986, o teólogo americano John Haught publicou um belo livro titulado: “Quem é Deus”, afirmando ser esse o nosso maior Mistério. Esse horizonte do ser e da vida que neste mundo estica-se até o infinito, além do nosso pensar, sentir e agir. Mesmo assim, nossa razão o busca e trata de saber quem seja Ele, “idealizando-O” da melhor maneira para invocá-Lo e Dele esperar a vida que todos procuramos. O autor nos brinda cinco belas ideias sobre Deus:
1. DEUS É PROFUNDIDADE, abismo e base de todo ser. Por isso o experimentamos como ausente e neutro (não é isto ou aquilo). Não pertence ao reino das coisas, no entanto, elas precisam de Deus para existirem.
2. DEUS É FUTURO. Se lembramos algo do nosso passado e não morre, é porque tem futuro. Na sua lúcida loucura, Nietzsche disse: “Temos de ser salvos das nossas vitórias insignificantes”. Hegel afirmou: “Só temos um pecado: parar no finito”. Somos de fato puro futuro que nos vem de Deus. Nenhum fato ou coisa pode conter Deus, por isso, Ele é invisível. Sobre Deus, fonte de todo ser e vida, resta-nos, afirma Moltmann, a “douta esperança”, além da ciência e da propria fé.
3. DEUS É LIBERDADE, criadora, infinita e eterna. Diferentemente de nós, que temos nossas escolhas limitadas, sendo a morte nossa última possibilidade, Deus é absoluta liberdade, por isso, Todo Poderoso e também. Bom e Santo, pois nada pode querer ou fazer a não ser o bem. N
4. DEUS É BELEZA, harmonia dos contrastes. Nele bem e mal são integrados num maior bem. Ele é esse Todo que Hawking desejou conhecer para explicar o Universo, ignorando a beleza de Deus, que não acaba nos nossos sentidos. Não a podemos representar, por isso, Deus nos proibiu fazer Dele imagem alguma (Ex.20,4). E porque Deus é Beleza, experimentamos a vida de maneira “erótica”, isto é, em permanente busca e desejo: “Minha alma tem sede de Deus”. Ele é a água sem a qual todas as fontes secam e a sede inquieta que não nos deixa morrer por dentro. Dostoiewski sublimou a Beleza de Deus dizendo: “A Beleza salvará o mundo”. O bem, para ser divino, tem de ser sublime e belo.
5. DEUS É VERDADE, razão e sentido de tudo quanto existe. Ele é a última causa e também a última finalidade. Todo ser humano, cada um à sua maneira, procura a verdade do ser e da vida. Mas essa verdade está além de nossa razão, somos apenas “filósofos”, amigos do saber, mas não sábios. A verdade estica seu horizonte até Deus. Por isso, Jesus, por ser Deus, disse : “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo.14). Contudo, a verdade de Deus, revelada em Cristo, continua sendo Mistério até o dia da Ressurreição, quando ” veremos Deus”, Verdade absoluta, além de todo conceito, opinião ou dogma .
DEUS EXISTE?
Esta é a grande questão filosófica anexa a uma outra: Por que existe o ser e não o nada?. No ano 1987, um dos maiores teólogos, embora polémico, dos nossos tempos, Hans Kung, suíço, falecido no mês passado, publicou volumosa obra de mil páginas, intitulada “Existe Deus?”. Contestava as famosas “Cinco Vias” de Santo Tomás de Aquino, que tentavam demonstrar racionalmente a existência de Deus, assim como outras provas filosóficas. Para H. Kung, Deus existe ou Deus não existe, são apenas conceitos a prioristico, sem qualquer fundamento real. No entanto, conclui sua longa reflexão filosófica, afirmando que, a posteriori, supondo que Deus exista, nós e o mundo que conhecemos, tornam-se mais lúcidos, sensatos e significativos.
Kant , que dedicou seus 83 anos a pensar em Koenigsberg, reconheceu que, mesmo não podendo conhecer Deus, Ele é um postulado da nossa razão para poder seguir pensando.
Santo Tomás de Aquino provava a existência de Deus racionalmente através de cinco vias conclusivas:
1. DEUS É O PRIMEIRO MOTOR IMOBIL. Tudo quanto conhecemos move-se pelo impulso de outro. As coisas existentes passam de um estado de ser a outro. Pensar quem é primeiro se o ovo ou a galinha implica reconhecer que antes deles existe um Outro que lhes deu o ser. Não podemos esticar ao infinito o motor que move e o que é movido. Logo Deus existe como primeiro motor que tudo move sem ser movido. Ele é o único “automóvel”.
2. DEUS É A CAUSA INCAUSADA. Tudo quanto existe é fruto de uma causa eficiente. A quimera científica do Big-Bang carece de fundamento se essa primeira bola energética não tiver alguém que lhe deu um pontapé. A possibilidade de infinitos mundos sucessivos, assim como o eterno retorno, leva-nos ao que em filosofia chamamos de “círculo vicioso” ou sem sentido. A suprema lei científica de causa/efeito postula uma Primeira causa incausada à qual só lhe cabe o título de Criador, mas não de criado.
3. DEUS É O SER NECESSÁRIO. A realidade física das coisas é contingente, nem sempre foram, nem sempre continuarão sendo as mesmas ou simplesmente deixarão de existir neste mundo. Essa precariedade exige um Ser Necessário que lhes conceda subsistência. Se tudo fosse caduco, nada existiria. Deus é o Eterno e o Infinito no qual existe e subsiste todo ser existente.
4. DEUS O SER SUPREMO. O grau de beleza, bondade e perfeição que observamos nas coisas leva-nos a essa conclusão. Na escalada gradual do mais, nada existiria se não existisse o Máximo, infinito e eterno. O povo, quase espontaneamente, expressa o conceito de Deus como sendo “Ser Superior”, além transcendente a nós e ao mundo. Até a lógica das matemáticas o exigem. De fato, nunca podemos chegar à contagem do último número. Atrás do trilhão há infinitos trilhões. Por isso somos obrigados a representar essa infinitude através de dois zeros deitados (0-0) os dois extremos, do tudo e do anda. É assim que Nicolau de Cusa (séc.XIV) concebia Deus: a união dos extremos. Deus é o Ser supremo que preenche o infinito vazio do nada. A Plenitude do Ser
5. DEUS É FIM E FINALIDADE DO EXISTENTE. A natureza nos mostra que nada existe sem qualquer finalidade e ordenamento. O sol cumpre a ordem e a finalidade de dar luz e calor à terra, assim como outros astros estão ordenados a servirem ao sol. Nada carece de finalidade, do contrário careceria de razão de ser. De nada nos servirá saber de onde viemos se não sabemos para onde vamos. Só um louco pode caminhar sem destino. Deus existe não só por ter criado o mundo, mas por ser destino e finalidade do mesmo.
Negar a existência de Deus é cegar os olhos à própria ciência e a todo saber humano. No Brasil o povo costuma dizer: “ser ateu é ser à toa”.
Deus existe é postulado e pressuposto da nossa razão. Mesmo assim, não sabemos quem e o quê Deus é . “Deus ninguém viu” neste mundo nem o pode ver. Ele é O Mistério, o “Escondido”, como lhe qualificava Santo Agostinho, mas mais íntimo a nós do que nós mesmos. Sem mergulhar nesse Mistério, afirma Gabriel Marcel, a vida torna-se irrespirável.
O DEUS DE JESUS CRISTO: PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO
O termo latino Deus vem do sânscrito “di”, que significa luminosidade, daí a palavra “dia”.
A Biblia dá a Deus mais de 300 nomes, como rocha, pastor, pai, criador, eterno, Javé… No livro Sagrado do Alcorão do povo muçulmano, recebe 92 nomes, como: O misericordioso, poderoso, clemente, Allah… No Hinduísmo, não só há seus nomes como também o número de deuses são múltiplos, como Brahma, Shiva,Vishnu, Krishna…
O Único Deus
O politeísmo foi patrimônio das culturas e religiões até Abraão. Existiam deuses para tudo, bons e maus. No ano de 1800 A. C. Deus revelou-se como único, criador e senhor de tudo, embora invisível e inefável. A Moisés foi revelado seu nome: “Javé”, infelizmente mal traduzido, pois não significa aquele que é, mas aquele que está. É assim que o povo de Israel o entendeu quando, nas suas penúrias, perguntou-se pela sua existência: “Afinal, Deus está conosco ou não?”. Os profetas o anunciaram como Emanuel , “Deus consoco”. É bem diferente dizer que Pedro ou João são, do que eles estão. Se estão, ainda que sentados, estão para fazer alguma coisa. Deus é aquele que age, cria e salva. “Meu Pai trabalha sempre”, disse Jesus. O Deus único de Abraão, ainda professado pelo povo judeu e muçulmano, foi revelado plenamente por Jesus Cristo. Um Deus único não passaria de Criador que, até nos poderia amar e nos reservar uma outra vida, mas nunca essa vida seria divina se Deus não fosse Pai, Filho e Espirito Santo, assim como, esse Deus único de Abraão , só pode ser temido. Deus é Pai porque é ao mesmo tempo Filho e, é Filho porque comunica sua própria vida divina de maneira gratuita e plena, por isso é
Espirito Santo, graça e dom sem limite ou egoísmo, razão de ter criado o mundo e, de maneira toda especial o ser humano, pois Deus só pode existir como dom.
O Papa Francisco é assim que o define: “Deus é aquele que dá”, se algo reservasse para si seria egoísta, não seria Deus. Por isso, poderíamos afirmar que Deus precisou criar o mundo para existir Ele mesmo.
O termo Trindade empobrece a grandeza de Deus, pois transmite a ideia de Deus ser uma grande família rica e feliz que tem como vizinhos as pobres e infelizes criaturas do mundo. Porque Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, nós e o universo seremos plenamente nele e Ele em nós. Para tornar isso real é que o próprio Deus se fez homem em Jesus de Nazaré, elo que une terra e Céu, mundo e
Deus. Não sem razão, Jesus disse de Abraão que “desejou ver seu dia” (Jo.8.). O Deus revelado a Abraão não era tão grandioso, bom e santo , como o Deus de Jesus Cristo.
“SERÁ QUE ALGUMA VEZ UM POVO TEVE UM DEUS TÃO PRÓXIMO COMO COMO TU, ISRAEL?” (Dt. 4,32-40)
O texto alude ao um Deus que “falou” com o povo de Israel e manifestou-se com numerosos prodígios, como sua libertação do Egito e como lhes acompanhou pelo deserto até entrarem em Canaã, sua sonhada Terra Prometida. Esse Deus não apenas existia mas agia e participava na vida e na luta do seu povo. Moisés desejou ver seu rosto (Ex.34) mas Deus lhe disse ser isso impossível antes de morrer. Por isso Ele se manifestava através do fogo ou envolto numa nuvem. Está presente e, ao mesmo tempo, escondido na nuvem de nossos sofrimentos. Outros olhos que não da carne são necessários para vê-lo, os olhos da Fé, até o dia em que, Ressuscitados, o veremos.
Se o Deus revelado ao povo de Israel era o mais próximo dos deuses invocados pelas religiões, o Deus de Jesus Cristo, excede a toda proximidade humana. A Ele podemos chamar “Pai Nosso”, sentarmos juntos à mesa da Eucaristia, sendo carne e sangue de nossa carne e sangue e seu Santuário vivo.
Santa Teresa de Ávila percebia a presença de Deus até entre as panelas da cozinha. A virtude da piedade que nos liga a Deus é mais significativa no que chamamos “temor de Deus”, dom do Espírito Santo, pelo qual tornamos Deus presente em tudo quanto somos, temos e fazemos e tira o medo de Deus, próprio de toda religião que ainda não conheceu o Deus de Jesus Cristo.
“O PRÓPRIO ESPÍRITO SANTO SE UNE A NOSSO ESPÍRITO PARA TESTEMUNHAR QUE SOMOS FILHOS DE DEUS” (Rm. 8,14-17)
São João reafirma essa nossa condição filial divina: “Somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que de fato já somos”. A teologia timidamente reconheceu nossa filiação divina afirmando que somos “filhos adotivos”. Esse conceito humano empobrece a grandeza da nossa filiação divina. De fato, se no Céu vivermos apenas como filhos adotivos, nunca seríamos plenamente filhos de Deus. Teríamos filhos de pais desconhecidos, órfãos, a quem Deus adotou. Em Hb. 1,5, são citadas as palavras do Sl,2,7: “Tu és meu filho, Eu hoje te gerei “Se apenas fossem referidas ao Filho único e eterno de Deus, não teria sentido dizer “hoje”. Até o fim dos tempos haverá um “hoje” no qual são gerados todos os que em Cristo não mais nascem da carne e do sangue humanos mas como verdadeiros filhos de Deus.
Impossível de ser pensado assim por nos mesmos, é o próprio Deus, o Espírito Santo, quem nos faz conscientes de que, de fato, e não metaforicamente, somos filhos de Deus.
“IDE AO MUNDO E FAZEI QUE TODAS AS NAÇÕES SE TORNEM MEUS DISCÍPULOS, BATIZANDO-AS EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO” (Mt. 28,16-20 )
Evangelizar, comunicar a boa notícia da Salvação, tem como primeiro estágio anunciar a todos os povos e gerações que a morte foi vencida e nossos pecados perdoados. Não é pouco, pois o maior de nossos sonhos é sermos imortais e, se ainda, formos libertados do peso da culpa, que tornaria essa vida imortal eternamente infeliz, nada mais glorioso. Mesmo assim, a evangelização não é plena sem conhecer que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, portanto, que a Vida Imortal será também divina. Nisso consiste o mistério revelado e feito presente no Batismo, termo grego que significa mergulho ou afogamento. Somos e estamos evangelizados, se vivemos a vida presente, inerente ao sofrimento, pecado e morte, unidos a Cristo na sua morte de cruz. Nele, afirma São Paulo, somos sepultados com Cristo na sua morte, para com Ele Ressuscitar (Rm.6). Nascemos nos braços maternos de um Deus crucificado, que fez da nossa dor, parto necessário para nascermos filhos Seus. No parto, não só sofre a criança como também a própria mãe. “A Criação inteira sofre essa dor” (Rm.8) até tudo ser divinizado. Não é propriamente o rito ou sacramento do Batismo o que nos torna filhos de Deus, mas é nesse grande sinal que se nos revela e, ao mesmo tempo, celebramos esse grande Mistério, no qual intervém o Pai, o Filho e oEspírito Santo.
O Deus de Jesus Cristo é tudo quanto Deus poderia revelar de seu Mistério. Pertence aos cristãos, se evangelizados, únicas pessoas que o conhecem, torná-lo presente no mundo.
Só essa verdade nos fará irmãos porque, também, filhos de Deus. O Deus das religiões é tão trágico e temeroso, que seria melhor não existisse. Basta ler o Alcorão. Seu Deus é mais para ser temido do que amado. Nele se diz que no fim da vida todos receberemos nosso “livro” particular onde está escrito o que fizemos neste mundo para ser lido diante de Deus, severo juiz que dará a cada um seu merecido. Aos condenados, que são maioria, lhes espera o castigo eterno do inferno. No mesmo Alcorão chega-se a dizer que, de quando em vez, anjos virão ao inferno para remover a pele queimada dos condenados pelo fogo para ser substituída por uma outra e,assim, alargar sua tortura. Allah não pode ter um Filho ou filhos, porque não tem mulher para tê-los. Jesus é apenas reconhecido como um mensageiro ou profeta entre os 25 que o Alcorão cita , vindos ao mundo, sendo Mohammad seu último profeta a quem Deus lhe entregou através do anjo Gabriel o livro do Alcorão, inclusive escrito em Árabe, por tanto o que nesse livro se diz, escrito por Deus, é certo e irrevogável.
E se analisarmos os deuses do Hinduísmo, mais longe ainda estão do Deus de Jesus Cristo. O deus Brahma, tido como criador, tem ao seu lado o deus do bem Visnú e do mal Shivá. Para um dia poder encontrar a felicidade será preciso reencarnar inúmeras vezes, purificando os pecados com severo sofrimento. Mas um hindu nunca sonha viver com Deus. Nos diversos espiritismos ainda professados por muitas pessoas no mundo, quão longe estão do Deus de Jesus Cristo.
Mesmo o Deus de Abraão, do qual é tao orgulhoso o povo judeu, merece nossa adoração, amor e esperança.
José Saramago, optou por ser ateu, confessa ele mesmo, porque lendo o AT, “revela-se um Deus bélico, impossível de ser um Deus verdadeiro.”
Sem o Deus de Jesus Cristo que celebramos neste domingo, o ateísmo não só é possível como também até racional. Mas para quem, pela Fé, conhece Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, é impossível viver sem Ele já neste mundo.
Padre Jesus Priante
Espanha
(Edição e intertítulos por Malcolm Forest. São Paulo.)
Copyright 2021 Padre Jesus Priante.
Direitos Reservados.
Compartilhe mencionando o nome do autor.