Santa Sé – Cop24: ouvir o grito da Terra e das pessoas vulneráveis

Santa Sé emite declaração final sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (Cop24), realizada na Polônia.

Amedeo Lomonaco – Cidade do Vaticano

A declaração final da Santa Sé sobre a Conferência Climática da ONU traz dois pontos principais. O primeiro expressa gratidão aos Estados que assinaram o ‘Rulebook’, regulamento que torna o Acordo de Paris operacional. Adotado em 2015, o documento tem o objetivo de conter o aumento médio da temperatura global abaixo de 2 graus Celsius. O segundo ponto é a observação de que o regulamento não reflete adequadamente a urgência necessária para combater as alterações climáticas.

Ouvir o grito da terra

O regulamento, de acordo com a Santa Sé, não considera os direitos humanos de maneira apropriada. “O grito dos mais vulneráveis e da Terra ​​requer maior urgência e ambição”. Como a Igreja repetidamente sublinhou, “o avanço da dignidade da pessoa humana, o alívio da pobreza através da promoção do desenvolvimento humano integral e a mitigação do impacto da mudança climática devem andar de mãos dadas”.

“Descarbonização” e sustentabilidade

Na Encíclica Laudato si’, de acordo com a declaração, o Papa Francisco ressaltou a importância de fortalecer com responsabilidade as políticas relativas às mudanças climáticas, um problema global com sérias implicações: ambientais, sociais, econômicas, políticas e de distribuição de renda.

Por fim, a Santa Sé incentiva a “descarbonização” da economia baseada em combustíveis fósseis e a utilização de mecanismos mais eficientes para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa. Outras ações necessárias são as que visam promover a educação para a sustentabilidade e o incentivo de mudanças no estilo de vida.

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