Santa Rita de Cássia

    No próximo dia 22 de maio, celebramos Santa Rita de Cássia, uma santa com uma forte devoção popular e exemplo de perseverança nos momentos de dificuldade da vida, sobretudo, com o seu esposo que bebia muito e trazia muitos problemas para Santa Rita e seus filhos. Depois que seu esposo faleceu, Santa Rita optou pela vida religiosa e depois de um momento de muitas batalhas na vida, optou pela vida contemplativa.

    Santa Rita é um exemplo de fé para todo aquele que crê, pois por meio da oração, salvou o seu cunhado da peste. O marido de Santa Rita foi assassinado e seus filhos desejaram vingar-se de sua morte, mas Santa Rita disse que preferia ver seus filhos morrerem a derramar mais sangue. A vida de Santa Rita, sobretudo uma parte dela, foi bem sofrida, mas ela nos ensina a passar pela dor e sofrimento por meio da oração e da fé, pois é nesses momentos que devemos fortalecer a nossa fé e acreditar mais em Deus.

    Santa Rita de Cássia nasceu em Roccaporena (Itália), em 1381, e faleceu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos em Cássia. Após uma vida de casada e ter ficado viúva, se tornou freira agostiniana da Diocese de Spoleto (Itália). Foi beatificada em 1627 e canonizada em 1900 pela Igreja. Sua história continua viva até os dias de hoje e o seu exemplo nos ensina a termos uma intimidade com Jesus, assim como Santa Rita de Cássia tinha.

    Desde criança, Santa Rita desejava viver uma vida em Cristo, nutria em seu íntimo um amor pela Sagrada Família, por isso almejava constituir uma família. O pai de Santa Rita era Juiz de Paz e arrumou um casamento para a sua filha, como uma troca de interesses, aceitável naquela época. Santa Rita não queria muito, pois acreditava que o casamento deveria ser constituído somente por amor.

    Santa Rita conheceu nos mercados um homem que salvou uma criança, dias mais tarde o encontrou na casa de sua amiga Mancini, e o reconheceu. Paulo também se apaixonou por ela, contudo ele era filho de um dos homens mais ricos da região e que gostaria que seus filhos se casassem com quem poderia favorecer os negócios da família. Ela pediu a Jesus que que seu amor fosse possível, daí adveio o primeiro milagre da Santa: ela e Paulo casaram-se mesmo vindo de classes distintas. Do casamento entre Santa Rita e Paulo nasceram dois filhos gêmeos, Giangiacomo Antonio e Paulo Maria.

    Santa Rita teve uma vida conjugal muito difícil, devido aos hábitos da nova família e ao caráter violento do marido. Com o empenho e orações de Santa Rita, ela conseguiu converter o marido. Viveram anos como camponeses, até a morte de seu marido, vítima de assassinato, por traição do chefe do feudo. O sogro de Santa Rita, Ferdinando Mancini, após a morte de seu filho, levou os filhos de Santa Rita, a fim de treiná-los para as batalhas e, posteriormente, vingar a morte do pai. Na hora da batalha, foram pegos em emboscada, e com o objetivo de protegê-los, Santa Rita os envia a um convento. O convento abrigava doentes leprosos e seus filhos acabaram por contrair a doença e não resistiram.

    Viúva e sem filhos, Santa Rita começa a nutrir no coração o desejo de ingressar no mosteiro das irmãs Agostinianas, mas o mosteiro só aceitava jovens solteiras. Ficou muito tempo refugiada na casa dos sogros, mesmo assim começou a cuidar dos doentes de lepra e curar enfermos.

    Certa noite, Santa Rita teve um sonho, ao qual lhe chamavam pelo nome três vezes, Rita, Rita, Rita… A Santa levanta-se abre a porta e vê Santo Agostinho, São Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, eles sumiram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, e as portas dele estavam trancadas. Dessa maneira, as freiras não puderam lhe negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.

    Cinco meses antes da morte de Rita, em um dia de inverno, com a temperatura muito baixo e que a neve cobria tudo, uma parente foi visitá-la e, antes de ir embora, perguntou o que Rita desejava. Rita respondeu que desejava uma rosa de sua horta. Quando voltou a Roccaporena, a parente foi a horta e, com imensa surpresa, viu uma rosa em sua horta. Ela a colheu e levou para Santa Rita.

     Por isso, nos dias de hoje, sempre quando é dia de Santa Rita, as pessoas oferecem rosas a Santa Rita de Cássia, ou ao final da celebração, retiram a rosa que estava em seu andor e a levam para casa, para que todo o ambiente seja perfumado com a rosa de Santa Rita e a santa proteja aquele lar de todo o perigo. Assim, Santa Rita foi denominada a Santa da “Rosa” e das causas impossíveis. E ainda nos ensina a perseverarmos até o fim em nossos pedidos.

    Antes de fechar os olhos para sempre, Santa Rita teve a visão de Jesus e de Maria, que a convidavam para o paraíso. Uma freira viu a sua alma subir ao céu acompanhada de anjos e, ao mesmo tempo, os sinos da igreja começaram a tocar sozinhos, um perfume de rosas tomou conta do mosteiro e uma luz muito forte, como se fosse o sol entrando, tomou conta do quarto. Era o dia 22 de maio de 1457.

    Celebremos com alegria e fé o dia de Santa Rita de Cássia, pedindo que ela interceda por cada um de nós, sobretudo, nos momentos de dificuldade, que ela nos ajude a superar esses momentos e fortificar a nossa fé. Que o perfume de suas rosas inunde a nossa casa e possamos difundir esse perfume a quem encontrarmos. Com os joelhos no chão e com fé, conseguiremos tudo aquilo que quisermos. Amém.

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