Região amazônica pede comida e emprego na Pandemia

Fundação Pontifícia ACN atende apelo dos Frades Capuchinhos do Amazonas e Roraima, onde o desemprego e a fome gritam! 

No momento em que a pandemia traz desespero e fome, os Frades Menores Capuchinhos do Amazonas e Roraima recorreram à Fundação Pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) para um projeto para a doação de cestas básicas por um período de 7 meses. Foram escolhidos os mais necessitados: famílias numerosas e muito carentes, muitas viúvas, doentes tuberculosos e pessoas desempregadas que dificilmente terão uma oportunidade neste momento. 

“Nesse momento histórico e terrível da pandemia, a fome grita! Temos várias famílias que não se sustentam na periferia e Manaus. Várias vieram do interior com a esperança de encontrar o sustento na cidade, mas encontraram a fome e o desemprego. Para piorar, não têm mais a roça para poder tirar o seu sustento e nem o rio para pescar o peixe”, conta o Frei Paolo Maria Braghini. 

O projeto enviado para a ACN pelos Frades é uma urgência para Manaus, uma metrópole que está crescendo constantemente e de forma desordenada. “Nós temos um trabalho bem no centro de Manaus com as paróquias que desenvolvem várias atividades. Cuidamos de moradores de rua, trabalhamos com a parte espiritual, as Confissões, e com leigos também em vários pontos da cidade”, explica o Frei. 

Os frades capuchinhos, desde que chegaram ao Amazonas em 1909, começaram uma verdadeira e heroica missão. Quem conhece a Amazônia pode imaginar o que significa passar meses remando em pequenas canoas, subindo os rios enfrentado calor e perigo para doar a própria vida em prol da evangelização. Esta é a realidade dos Frades Menores Capuchinhos do Amazonas e Roraima. 

“Hoje estou a 1.200 km de Manaus. Moro em uma aldeia indígena Ticuna, formada por 72 comunidades”, nos conta o Frei Paolo Maria Braghini. Ele conta um pouco da realidade da região para que se possa entender a importância do projeto que foi enviado por eles para a ACN. 

“Nós, Frades Capuchinhos, somos do Amazonas e Roraima. É importante explicar que não existe uma Amazônia, e sim muitas ‘Amazônias’ em uma só. Nós nos dividimos em várias delas. Estamos no centro histórico em Manaus e também nas periferias, que têm uma realidade bem diferente. Alguns de nós também moram em Roraima”, explica o Frade. “Trabalhamos no baixo Amazonas, município de Humaitá, com os ribeirinhos e também trabalhamos no alto Solimões, principalmente com indígenas de várias etnias”. 

O Frei conta que a ACN sempre foi presente na região. “Já nos ajudaram em diversos projetos e somos infinitamente gratos, nós e o povo. Já nos ajudou a comprar um barco para atender as comunidades ribeirinhas, nos ajudou a comprar um carro para enfrentarmos as estradas de Roraima e Humaitá e até hoje colhemos os benefícios dessas doações. Para o povo, a nossa presença leva Esperança e a palavra de Cristo”. 

Junto com as cestas os freis entregam algumas sementes para incentivar um cultivo doméstico, uma pequena cultura, mesmo que em vasos simples.  “Incentivamos o cultivo de animais como galinhas. Queremos tirar a mentalidade só de receber. Quando for possível, as pessoas devem fazer algo para sair dessa situação” completa Frei Paolo. 

Neste tempo gravíssimo de pandemia, que afeta a vida inteira das famílias nas periferias de Manaus, cuja vida se tornou dramática, as cestas básicas são muito mais que uma ajuda para matar a fome – que realmente dói – é um sinal da misericórdia de Deus e compaixão humana.

 

Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)

A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 140 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa – incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 180 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos.

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