Celebramos neste domingo o quarto domingo da Páscoa! Este domingo é conhecido como o Domingo do Bom Pastor. Também temos a graça de nesta Eucaristia rezar pelas vocações, pois, é o Dia Mundial de orações pelas vocações.
A liturgia deste domingo é denominada pela figura do Bom Pastor que, pelo seu sacrifício, devolveu a vida às ovelhas e as reconduziu ao redil. Quando São Pedro, no meio das primeiras perseguições aos cristãos, lhes escrever para firma-los na fé, recorda-lhes – à o que Cristo sofreu por eles: por suas chagas fomos curados. Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora retornastes ao Pastor e guarda das vossas almas. Por isso a Igreja inteira se enche de júbilo pela ressurreição de Jesus Cristo e pede a Deus Pai que “o débil rebanho do vosso Filho tenha parte na admirável vitória do seu Pastor” (Parte da oração da coleta da Missa do Quarto Domingo da Páscoa).
A liturgia deste domingo convida-nos a meditar na misericordiosa ternura do nosso Salvador, para que reconheçamos os direitos que Ele adquiriu sobre cada um de nós com a sua morte. É também uma boa ocasião para considerarmos na nossa oração pessoal o nosso amor pelos bons pastores que o Senhor deixou para nos guiarem e guardarem em seu nome.
Jesus é o Bom Pastor, que dá a vida pelas suas ovelhas. Em contraste com os ladrões, que andam atrás dos seus interesses e deitam a perder o rebanho, Jesus é a porta da salvação, que permite encontrar pastagens abundantes a quem a transponha. Existe uma terna relação pessoal entre Jesus, o Bom Pastor, e as suas ovelhas: Ele as chama a cada uma pelo seu nome, caminha à frente delas, e as ovelhas o seguem porque conhecem a sua voz. Ele é o Pastor único que forma um só rebanho, protegido pelo amor do Pai. É o Pastor supremo.
É uma catequese sobre a missão de Jesus: conduzir o homem às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas, de onde brota a vida em plenitude. O Bom Pastor aparece numa atitude de ternura com as ovelhas… Ele as conhece, as chama pelo nome, caminha com elas e estas O seguem. Elas escutam a Sua voz, porque sabem que as conduz com segurança. Além do título de Bom Pastor, Cristo aplica-Se a Si mesmo a imagem da porta pela qual se entra no aprisco das ovelhas que é a Igreja. Ensina o Concílio Ecumênico Vaticano II: “A Igreja é o redil, cuja única porta e necessário pastor é Cristo” (LG,6). No redil entram os pastores e as ovelhas.
“Eu sou o bom pastor” – disse Jesus. O adjetivo grego usado para “bom” significa mais que bom: é belo, perfeito, pleno, bom. Jesus é, portanto, o pastor por excelência, aquele pastor que o próprio Deus sempre foi. Pela boca de Ezequiel profeta, Deus tinha prometido que ele próprio apascentaria o seu rebanho: “Eu mesmo cuidarei do meu rebanho e o procurarei. Eu mesmo apascentarei o meu rebanho, eu mesmo lhe darei repouso” (cf. Ez 34, 11.15). Pois bem: Jesus apresenta-se como o próprio Deus pastor do seu povo!
Neste Domingo celebramos a 57ª jornada mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas. Esse ano o tema é “As palavras da vocação”. O Papa Francisco lembra que: “Então escolhi quatro palavras-chave – tribulação, gratidão, coragem e louvor – para agradecer aos sacerdotes e apoiar o seu ministério. Acho que, neste 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, poder-se-iam retomar aquelas palavras e dirigi-las a todo o Povo de Deus, tendo como pano de fundo o texto evangélico que nos conta a experiência singular que sobreveio a Jesus e a Pedro durante uma noite de tempestade no lago de Tiberíades (cf. Mt 14, 22-33).” http://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/vocations/documents/papa-francesco_20200308_57-messaggio-giornata-mondiale-vocazioni.html, último acesso em 27 de abril de 2020).
Peçamos ao Senhor, Bom Pastor, que dê à Igreja e ao mundo pastores segundo o seu coração, pastores que, nele e com ele, estejam dispostos a fazer da vida uma total entrega pelo rebanho; pastores que tenham sempre presente qual a única e imprescindível condição para pastorear o rebanho do Bom Pastor: “Simão, tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21,15s). Eis a condição: amar o Pastor! Quem não é apaixonado por Jesus não pode ser pastor do seu rebanho! Não se trata de competência, de eficiência, de vedetismo ou brilhantismo; trata-se de amor! Se tu amas, então apascenta! Como dizia Santo Agostinho, “apascentar é ofício de quem ama.
Contudo, O Divino Pastor é quem pode, realmente, ajudar, salvar e conservar a vida. Ele afirmou: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10). Para distinguir a Voz do Pastor é preciso três coisas: – Uma vida de oração intensa; um confronto permanente com a Palavra de Deus e uma participação ativa nos sacramentos, onde recebemos a vida, que o Pastor nos oferece. Estejamos atentos a voz do Nosso Pastor Jesus Cristo, que nos chama e nos convida a permanecer em seu redil.