Quando morre uma mãe…

Um testemunho emocionante que todos os filhos precisam ler

Quando uma mãe morre, ela ainda permanece viva dentro do coração do filho! Ela é minha casa, meu descanso, minha luz e minha saudade. Nela estão as minhas raízes, é o meu poço mais profundo, a água mais pura da qual bebo… Uma memória sagrada e esperançosa.

Eu olho para minha mãe que já está ausente todos os dias. Eu paro diante da imagem da minha mãe que não está mais comigo. E sou grato por ser seu filho e por mantê-la viva em minha alma. Meu coração se comove quando penso nela e sinto que sou feito de suas entranhas, que até meus ossos foram formados ali e que a vida lhe cobrou isso duramente mais tarde.

Desde o seu primeiro abraço, desde o seu primeiro beijo, o coração de uma criança fica esculpido na alma de uma mãe. Eu olho para ela, sempre acordada em minha vida seguindo meus passos, esperando meu retorno, recebendo meus olhares, vendo minhas quedas, ouvindo minhas palavras.

Eu reconheço minhas fraquezas por não me importar com ela tanto quanto ela se importava comigo.

Mantenho seu olhar da cor do mar. Ouço seus conselhos, e suas palavras cheias de esperança estão gravadas dentro de mim.

Penso em sua presença constante,  em sua discrição silenciosa, em sua alegria permanente.

Ela está presente no mais escondido da minha alma, sem ela eu me perderia.

Fico comovido por sentir seus medos e abraçar suas alegrias. Lembro-me dela naquele longo caminho de vida que percorremos juntos.

Hoje ainda está tão profundo dentro de mim… Eu sinto isso como uma parte única do meu ser que eu nunca quero perder.

Confio muito na sua maneira de me amar… Ela sempre me amou em todas as minhas fraquezas e viu em mim tesouros que eu desconhecia.

Ela acreditou em mim quando eu não acreditei, apostou na minha vida quando eu duvidei.

Mas não sei se aprendi bem o que ela queria me ensinar. Não sei se gravei seu jeito de me amar, para me amar da mesma forma.

Não sei se guardei sua ternura em alguma parte da minha alma para poder dar toda vez que eu quiser.

Tudo o que sei é que, às vezes, sinto que me pareço com ela, e às vezes estou muito longe. Eu a quero perto de mim. Nas minhas noites, muitas vezes sonho com ela ao meu lado, segurando meus passos.

Lembro-me de suas risadas e de sua simplicidade para olhar a vida. Sua capacidade de curtir o presente, tornando a vida uma grande aventura.

Estou comovido por aquele amor dela. Tão grande e sempre incondicional. Suas lágrimas me machucaram quando vieram para mim. E fiquei comovido com o seu imenso amor, impossível de ficar contido no meu pote de barro.

Eu quero que ela continue me amando – agora que ele só vive esperando para me encontrar novamente no céu, quando eu for embora.

Ela continua cuidando dos meus passos nesta vida que ainda tenho. Sei que sou fruto do amor que ela teve por mim e que ainda me tem.

E hoje lhe presto esta homenagem como uma memória sagrada. Eu não fico gritando ou reclamando dela.

Ela sabia como esperar minhas ligações e ficava feliz sempre que eu a encontrava. Aceitava minhas decisões – mesmo sem compartilhá-las – e minhas viagens distantes – sem realmente saber onde eu estava.

Não exigiu mais de mim do que eu consegui dar a ela. Sabia como me conter cada vez que eu procurava por ela.

Comove-me pensar que a vida dela era a minha vida, e que sem seus passos ao seu lado eu estaria perdido.

Eu a abracei muito nos seus últimos anos quando ela mal me reconhecia, enquanto ainda sorria e beijava minhas bochechas.

Tenho saudades da sua presença, calma e alegria. Seu olhar que felizmente segurou meus passos ao longo da vida.