Na manhã desta quinta-feira (04/08), no Vaticano, o Papa recebeu os participantes do Capítulo geral da Ordem dos Dominicanos.
O grupo de 70 frades, encabeçados pelo Mestre, Frei Bruno Cadoré, está reunido desde 17 de julho em Bolonha, neste ano em que se comemoram 8 séculos da confirmação da Ordem dos Pregadores pelo Papa Honório III.
Pregação, testemunho e caridade: estas três palavras são os alicerces que garantem o futuro da Ordem, segundo o Papa.
Em seu discurso, proferido em espanhol, lembrou que São Domingos, Pai Fundador, dizia: ‘Primeiro contemplar e depois ensinar’, pois “a pregação não tocará jamais o coração das pessoas se não houver uma forte união com Deus, em sua raiz”.
“Transmitir eficientemente a Palavra de Deus requer testemunho. O testemunho encarna o ensinamento, o faz tangível, acrescenta à verdade a alegria do Evangelho, de saber que somos amados por Deus e objeto de sua infinita misericórdia”.
Vivenciar o testemunho
Explicando o conceito, Francisco afirmou que “os fiéis não necessitam apenas receber a Palavra em sua integridade, mas também experimentar o testemunho de vida de quem a prega”.
Por último, o Papa frisou que o pregador e o testemunho são condicionados à caridade: “Olhando hoje ao nosso redor, constatamos que o homem e a mulher dos nossos dias estão sedentos de Deus. Eles são a carne viva de Cristo, que grita «tenho sede» de palavras autênticas e libertadoras, de gestos fraternos e de ternura. Este grito nos interpela e deve ser o cerne da missão e da vida de nossas estruturas e programas pastorais”.
Verdade anunciada por amor e misericórdia
Neste sentido, Francisco terminou pedindo que os dominicanos pensem nisso ao programar o organograma da Ordem, discernindo sobre a resposta a este grito de Deus: “Quanto mais tentarmos saciar a sede do próximo, mais seremos pregadores da verdade a verdade anunciada por amor e misericórdia”.
Fonte: Rádio Vaticano