Marina Tomarro – Vatican News
A Seleção Italiana de Políticos venceu o jogo, derrotando a Seleção Italiana de Cantores nos pênaltis. Mas essa não é a coisa mais importante sobre a Partida do Coração deste ano, que foi disputada na terça-feira (16/07) na cidade italiana de L’Aquila, no estádio Gran Sasso d’Italia. De fato, o que realmente importa é que a ajuda aos pequenos pacientes triunfou.
“L’Aquila”, diz o presidente do Hospital Pediátrico Bambino Gesù, Tiziano Onesti, ”é uma cidade que está muito próxima do meu coração. Em primeiro lugar, por causa de uma lembrança pessoal, pois lecionei lá anos atrás, no início de minha carreira, e depois porque é uma cidade que simboliza precisamente a esperança e a reconstrução. Apesar do terrível terremoto que a atingiu, ela está renascendo novamente, porque a vida sempre continua. Eles nos receberam com uma grande festa, porque essa partida não é um desafio, mas é feita em nome das crianças”.
Projeto de Acolhimento do Hospital do Papa
Muitos pacientes vêm todos os dias de todo o mundo para o Hospital Pediátrico do Papa. Muitas vezes, seus pais também são obrigados a enfrentar grandes dificuldades financeiras para que eles sejam tratados nessa instituição de excelência. E foi justamente para ajudá-los que nasceu o “Projeto de Acolhimento”. “Nós”, explica Onesti, ”acolhemos e prestamos assistência não apenas à criança que está passando por um momento muito complicado em sua vida, mas também à família que a acompanha nessa jornada e que, muitas vezes, está muito angustiada. Essa é a nossa missão. Mas tudo isso tem um custo, e é por isso que ativamos para esta ocasião um número de telefone de solidariedade, o 45585, que permanecerá operacional por alguns dias e que oferece a possibilidade de fazer uma pequena doação por meio de uma mensagem de texto. Isso serve para dar serenidade, dignidade e proximidade a todas as crianças e suas famílias que estão passando por essas condições dolorosas”.
Trabalhar em equipe como uma grande família
Estar longe de casa e da vida quotidiana é uma das maiores dificuldades que os pequenos sofrem, especialmente quando se trata de longas internações hospitalares, onde o hospital se torna um pouco como uma segunda casa. “Todos nós tentamos ser uma grande família”, conta Onesti, ”desde os médicos até os enfermeiros, que desempenham um papel muito importante entre o paciente, a família e os cuidados. Mas há também toda a equipe religiosa e os muitos voluntários, que trabalham conosco em todos os níveis, desde o acohimento até a ajuda nas longas horas entre os tratamentos, mas também na preparação para os estudos, de modo a apoiar esses pequenos para que não percam o ano letivo”.
Até mesmo o ministro da Educação da Itália, Giuseppe Valditara, quando conheceu o hospital pediátrico, “ficou muito impressionado”, observa Onesti, “com essa coisa que ele não conhecia, porque quando se pensa em um hospital, só se pensa em tratamento e mais nada. Em vez disso, a nossa é uma instituição que vem cumprindo essa missão há 150 anos com um espírito de dedicação, em que você joga seu coração sobre o obstáculo, e é isso que faz a diferença. Eu já vi muitas realidades, mas a nossa é realmente especial, porque é um sistema que se move como uma equipe, em harmonia, justamente para tentar ficar perto das famílias. Desde pequenos gestos diários que fazem a diferença para a criança além das terapias, e tudo isso”, comenta Onesti, ao concluir, que “significa: estou perto de você e nunca o deixo sozinho”.