Disponível na Netflix, a minissérie mostra que o amor de mãe sempre resiste, mesmo quando tudo parece desabar
Enquanto os olhos do mundo estão voltados à série Round 6, outra série da Netflix subiu no ranking das produções mais assistidas da plataforma de maneira surpreendente. Estamos falando de Maid. Em 10 episódios, a minissérie é tudo o que pensávamos que não podíamos mais falar e aplaudir sobre a maternidade.
“Este não é o momento certo para ter um filho”
Resumidamente, a minissérie Maid conta a história de uma mãe solteira que trabalha como empregada doméstica para sustentar a filha após fugir de um parceiro violento.
É, portanto, uma série que questiona uma certa leitura prevalente da realidade que não é propriamente amiga das mães. Depois de assistir à série, ousamos dizer que a maternidade é a melhor aliada que esta jovem tem no inferno.
A crítica mais concisa e sensata poderia ser: uma minissérie que finalmente quebra a mentira do clichê: “Este não é o momento certo para ter um filho.”
Maid e a lição de amor e adaptação
O erro de uma visão distorcida pesa muito sobre os jovens, em particular. Então, para fazer algo certo, as circunstâncias devem ser certas, vantajosas, calculadas. É o erro moderno que Chesterton resumiu da seguinte forma:
“Esta é a gigantesca heresia moderna: modificar a alma humana para se adequar às condições, em vez de modificar as condições para se adequar à alma humana.”
Alex, com vinte e poucos anos, é mãe de uma menina de três. Ele deixa seu companheiro alcoólatra e tem apenas algumas dezenas de dólares no bolso. Também é filha de uma mãe louca e um pai ausente. Não tem emprego, não tem carro e não tem casa. Ela vai se deparar com todos os obstáculos possíveis no caminho.
Em qualquer jornal, esse enredo teria sido o mote perfeito para levantar o dedo e elogiar o planejamento consciente para a maternidade com uma revisão dos sistemas anticoncepcionais.
No filme, a única coisa que nunca fica em dúvida e, de fato, sustenta a personagem principal a cada passo, tirando-a do desespero, é o amor incondicional pela filha. Um amor que exige sacrifícios loucos, mas nunca em vão.
Assim, em meio a circunstâncias infernais, a alma de Alex questiona tudo, mas não o fato de ser mãe. Mesmo nas piores circunstâncias possíveis, o rosto da filha é o que lhe permite lidar com todo o resto.