Por que juntamos as mãos para rezar?

Acredita-se que o gesto deriva de uma tradição romana que simbolizava submissão

Os devotos, na hora de rezar, devem unir as mãos, manter os braços estendidos com as palmas para cima ou cruzá-las, como costumam fazer os monges? São perguntas comuns a muitos fiéis.

Embora possa parecer estranho, é um questionamento importante. Na verdade, os gestos são um aspecto fundamental da oração e permitem que os devotos deem sentido às suas práticas, que, muitas vezes, são enraizadas nas antigas e ​​tradições.

Muitos se lembram de terem sido ensinados a rezar com as mãos juntas. Um indivíduo relata o motivo (verdadeiro ou não) pelo qual as irmãs religiosas lhe ensinaram essa prática:

“Reze com as mãos juntas para que suas orações sigam diretamente para o céu.

Se suas mãos estiverem apontadas para baixo, suas orações cairão no inferno.

E se suas mãos estiverem de lado, suas orações ecoarão por toda a sala.”

Claro, isso é bastante ingênuo, e é provável que a instrução tenha se perdido na linguagem infantil. Na verdade, a razão pela qual a maioria dos devotos junta as mãos para orar tem um simbolismo muito mais profundo.

Na tradição judaica, há evidências de que as pessoas rezavam com as mãos juntas desde o período pós-exílico e continuaram após o estabelecimento do cristianismo.

Outra crença comum é que a postura de mãos unidas tenha sido derivada de uma prática romana que simbolizava a submissão. Historiadores religiosos conectam o gesto ao ato de prender as mãos de um prisioneiro com cipó ou corda: mãos unidas passaram a simbolizar submissão. Na Roma Antiga, um soldado capturado poderia evitar a morte imediata juntando as mãos, assim como agitar uma bandeira branca hoje em dia passa a clara mensagem de rendição.

Enfim, embora os cristãos não sejam obrigados a rezar com as mãos unidas, esse é um gesto muito significativo, com raízes antigas e profundo simbolismo.

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