Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tira- do e será entregue a um povo que produzirá frutos”. (Mt 21,43)

    Celebramos nesse Domingo o 27º Domingo do tempo comum e aos poucos vamos nos aproximando do final deste ano litúrgico. O tempo comum representado pela cor verde que simboliza a esperança, ou seja, a esperança na “vinda do Reino de Deus” que é o que celebramos no último Domingo desse Tempo comum com a celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

    Devemos nos manter firmes na esperança da chegada desse Reino, e fazendo com que ele aconteça aqui na terra, esperando vive-lo de maneira plena no céu. Fazemos parte da vinha do Senhor, que por vezes é ameaçada por devastação, mas devemos nos manter firmes no Senhor e no anúncio da Palavra, aguardando até que ele venha.

    Nesse Domingo abrimos o mês missionário em toda Igreja, que a Igreja possa colher os frutos da missão e continuar a sua missão de ser uma Igreja em saída, totalmente voltada para a missão e abraçando a sua vocação de ser uma Igreja missionária, conduzida pelo Espírito Santo e por meio dele construir o Reino Deus aqui na terra.

    A primeira leitura (Isaías 5-1,7), o profeta conta um cântico sobre a vinha de um amigo. Esse amigo possuía uma fértil vinha, cercou-a, limpou-a de pedras, plantou videiras escolhidas, edificou uma torre no meio e construiu um lagar. Ele espera que produzisse uvas boas, mas ao contrário produziu uvas selvagens.  Podemos dizer que o dono dessa “vinha” era Deus e os frutos o “povo de Israel”, ou seja, Deus fez uma aliança com o povo de Israel e esperava que esse povo produzisse bons frutos. Esses bons frutos seria a justiça, paz, bondade e amor, mas ao contrário, o povo de Israel produziu a injustiça, a violência o ódio e a guerra e rompeu a aliança na qual tinha feito anteriormente com Deus. O Senhor foi fiel e o povo de Israel foi infiel.

    O salmo responsorial 79 (80) no refrão nos diz “A vinha do Senhor é a casa de Israel”, ou seja, o Senhor não tem que encontrar outro povo para fazer a sua aliança, mas a aliança de Deus com a casa de Israel é eterna, mesmo que esse povo se desvie do caminho.

    Na segunda leitura (Fl 4,6-9) São Paulo nos diz para não nos inquietarmos com coisa alguma, mas apresentar as nossas necessidades a Deus, através de súplicas e orações e agradecendo por tudo aquilo que obtemos de Deus. Se seguirmos por esse caminho Deus guiará os nossos caminhos. Devemos nos ocupar por tudo aquilo que verdadeiro, respeitável, justo, puro e que mereça louvor.

    No Evangelho (Mt 21,33-43) segue a linha de pensamento da primeira leitura, o proprietário da vinha é Deus. Os primeiros empregados que o proprietário da vinha envia seriam os “profetas” que alertavam o povo para não se afastar do projeto de Deus, mas estes não quiseram saber, espancaram e puseram para fora os profetas.

    Em seguida o proprietário da envia outros empregados que seriam os “discípulos” e o povo os trata da mesma maneira, não querem saber de ouvi-los e são colocados para fora da vinha.

    Em seguida o proprietário da vinha envia o seu “filho”, que podemos comparar com Deus sendo o proprietário da vinha, enviando Jesus, o seu filho. Os vinhateiros o trataram da mesma forma, ainda mais por acharem que este era o herdeiro, e planejaram matá-lo e conseguirem a herança para eles.

    Ao final da parábola Jesus pergunta aos sumos sacerdotes e doutores da lei qual seria a atitude do proprietário da vinha com esses empregados perversos. Eles respondem que dê certo o proprietário da vinha mandaria matar de modo violento esses empregados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos no tempo certo.

    E por fim Jesus diz a eles: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos’? Aqui Jesus diz de maneira clara que a parábola que ele acabou de contar a eles era sobre Ele, pois eles, as autoridades de Israel não aceitavam Jesus e o queriam matá-Lo a todo custo.

    Por isso Jesus termina dizendo que o Reino de Deus será tirado do meio deles e entregue a um novo povo que lhe entregará frutos. E de fato, é o que acaba acontecendo, a terra de Israel foi entregue a outro povo, sobretudo com a dispersão de Israel no ano 144 d.C.

    Celebremos com alegria esse 27º Domingo do tempo comum e façamos de tudo para fazermos parte da vinha do Senhor e possamos produzir muitos frutos para entregar a ele, sobretudo os frutos do amor, justiça e paz e que o pecado não ofusque aquilo que produzirmos.

    Que a Virgem Aparecida interceda por nós neste mês missionário!

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here