Por amor, Jesus nasce para nos salvar!

    A liturgia santíssima desta noite nos fala de um Deus que ama os homens; por isso, não os deixa perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia “um menino” para lhes apresentar uma proposta de vida e de liberdade. Esse menino será “a luz” para o povo que andava nas trevas.

    A primeira leitura(cf Is 9,1-6) anuncia a chegada de “um menino”, da descendência de Davi, dom de Deus ao seu Povo; esse “menino” eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim. O profeta Isaías anuncia a chegada do rei, diferente dos reis conhecidos ao longo da história de Israel. Ele é sinal de presença de Deus conosco, ou seja, do amor de Deus e sua salvação. Por isso, anuncia: “…nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza”. Esse rei recebe quatro títulos: “Conselheiro admirável”, “Deus forte”, “Pai dos tempos futuros”, “Princípe da paz”.

    O Evangelho(cf Lc 2,1-14) apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos pobres e marginalizados – a salvação. A proposta que Ele traz não será uma proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece ao homem com ternura e amor. São Lucas narra o nascimento de Jesus e começa com seu enquadramento histórico. O restante do texto contém três movimentos: o fato(v.4-7), o anúncio do acontecimento(v. 8-14) e seu acolhimento(15-20). A sucessão desses três movimentos nos dá uma sequencia bem aberta: os pastores foram os primeiros a receber a notícia, compreenderam o anúncio e o anunciaram. Interessante é que São Lucas acentua essa verdade: “Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”(cf. Lc 2,12). Ele afirma a mesma verdade em outros lugares(v 7.16). O maravilhoso do Natal é que uma criança envolvida em faixas e deitada na manjedoura é Deus e Salvador da Humanidade!

    A segunda leitura(cf.Tt 2,11-14) nos lembra as razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar as obras d’Ele. Tito, encarregado de pastorear a comunidade cristã de Creta, recebe diretrizes de como deve governar e ensinar, uma vez que na comunidade começam a difundir-se doutrinas perigosas e contrárias ao Evangelho. Deve ensinar que a vinda de Jesus Cristo é a revelação da graça de Deus e da gratuidade do seu amor. Esse amor é salvífico e o é para todos os que dele se aproximam. Daí brotam os compromissos morais: sabedoria, justiça, esperança e negação das paixões desmedidas.

    Quero desejar-lhes, queridos leitores e amada leitores, um santo e abençoado Natal e que o nascimento do Redentor nos ajude a sermos mais ternos, misericordiosos, caridosos e santos. Feliz Natal! Por amor, Jesus nasce para nos salvar!

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