Paz e Espírito

    Por que sempre que fazemos referências ao Espírito falamos de “diversidade”, “pluralidade”, “membros diversos”, “dons diferentes”?
    Porque uma das características do Espírito é a sua capacidade de expressar-se no diverso, de criar a liberdade, de invadir tudo com sua presença. Por essa razão, o Espírito se comparou à água, que tudo molha, ao fogo, que tudo acende, ao ar, que entra por qualquer fresta.
    E, não obstante, o Espírito Santo se diferencia do espírito mau, visto que o espírito mau é legião e diversidade enfrentada, ao passo que o Espírito Santo é espírito de amor e de diversidade em comunhão profunda. O espírito mau desconjunta o corpo. O Espírito Santo glorifica cada um de seus membros para o bem de todo o corpo.
    Quanto necessitamos do Espírito Santo! Emana do rosto de Jesus ressuscitado e do Abba que o ressuscita. O Espírito é como o perfume o aroma das duas Pessoas. É o alento único de ambas. É seu sorriso, seu amor, sua beleza, seu eflúvio, seu beijo.
    O Espírito é fogo, torrente, vento com força de furacão, amor apaixonado, capacidade criadora e geradora, a beleza de Deus, o beijo santo que enamora, o toque delicado que a vida eterna conhece, é a capacidade poética no grau máximo.
    Se Jesus nos transmite seu Espírito, é para que nos deixemos envolver pela energia que tudo pode, que quer chegar até os confins da terra e os confins do tempo. Dizer espiritualidade – em cristão – é o mesmo que dizer “espiritualidade em missão”, em dinamismo constante e apaixonado. Envia teu Espírito e renovarás a face da terra.
    Só quem sente a energia do Espírito e seu fragor que atordoa pode chegar à paz, a sentir-se possuído pelo equilíbrio máximo que sucede – como graça – a luta contra o mal. Por isso, em Pentecostes, Jesus nos concede o Espírito e a paz.

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